O início do ano letivo nas escolas estaduais traz, neste 2023, a expectativa de que o novo governador do estado de São Paulo pense de forma diversa de seus antecessores e valorize a Educação. Não há outro caminho, e estaremos aqui para cobrar uma mudança de atitude. A Educação no Brasil comprova que, além de investimento, é necessário haver vontade política e visão estratégica dos governos para promover um salto de qualidade.

Em nosso país, os melhores resultados em avaliações de desempenho educacional são obtidos por estados mais pobres, como o Ceará e Piauí, para onde famílias abastadas de São Paulo e Rio enviam seus filhos para estudar, dando-lhes condições de ingressarem em vestibulares das mais concorridas universidades do Brasil.

Infelizmente, São Paulo, com o maior PIB do Brasil, segue faltando com o apoio à Educação, pois, sendo o único que tem condições de remunerar os professores acima do piso, não o faz minimamente. São Paulo figura num vergonhoso 13º lugar no ranking dos estados brasileiros no que se refere à remuneração média de professores do ensino básico. Desta forma, afasta talentos do magistério e segue no caminho contrário de outros estados que respeitam e estimulam os educadores.

Seria um belo exemplo para o país se São Paulo se preocupasse em colocar a educação em primeiro lugar e se tornasse um exemplo de êxito na qualidade de ensino.

Respeitar a Educação, afinal, é tarefa essencial de governantes responsáveis e conscientes do seu papel na transformação social e na conquista do desenvolvimento. Países como Japão, Coréia do Sul, Polônia, Finlândia e outros já comprovaram esse fato.

Professor Azuaite Martins de França, 2º vice- presidente do Centro do Professorado Paulista (CPP)