Anualmente, o Outubro Rosa é um movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama que tem como meta compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença e contribuir para a redução da mortalidade. Uma das maiores preocupações é diagnosticar a doença o mais cedo possível para aumentar as chances de cura. Infelizmente, a partir da pandemia do COVID-19, houve uma redução significativa pela procura de diagnóstico, acompanhamento e tratamento do câncer de mama.

Para aumentar o alcance das informações e conscientização da prevenção do Câncer de Mama, o Portal do Centro do Professorado procurou a Dra. Erika Simplício, Oncologista do Hospital Moriah, para responder as questões ligadas à campanha. Os programas de detecção precoce combinados com diferentes modos de tratamento para erradicar a doença, avanços nas técnicas cirúrgicas, novos equipamentos de radioterapia e drogas individualizadas para tratar os diversos tipos de neoplasia transformaram a doença, tirando o estigma de “sentença de morte”. Segundo o médico, hoje o mais comum é ver mulheres vivendo mais de 10 anos com câncer metastático (aquele que se espalhou por outros órgãos), porque há diferentes drogas para cânceres refratários e avançados.

Todos os profissionais estão envolvidos na prevenção. É importante conscientizar a população sobre a realização de exames periódicos como mamografia e ultrassonografia de mamas para detecção precoce, bem como hábitos de vida adequados e saudáveis para diminuição da incidência do câncer de mama e detecção precoce. É essencial o acompanhamento do especialista que, na maioria das vezes é o ginecologista. A atuação dos outros especialistas é fundamental para a mulher já detectada com o tumor de mama.

Portal CPP: Como é o tratamento por hormonioterapia?

Dra Erika:  A hormonioterapia é tratamento indicado para alguns cânceres de mama, em especial aqueles com receptores hormonais positivos. O tratamento tende a ser bem tolerado e deve ser individualizado para definição do melhor anti-hormônio a ser escolhido, a depender os perfil do paciente.  

Há alguns fatores  determinantes que  aumentam o risco do câncer de mama?

A maioria dos cânceres de mama acontecem ao acaso, ou seja, sem mutação genética associada. Apesar disso, um dos principais genes envolvidos na doença é o BRCA.

Há alguma prevenção efetiva ou não?

Fatores como idade, sedentarismo, obesidade, não ter tido filhos ou apenas um, radiação prévia, reposição hormonal pós menopausa e exposição à radiação prévia contribuem de forma importante para o aparecimento da doença.

Dra. Erika Simplício é Oncologista do Hospital Moriah