Presidentes
LORETANA PAOLIERI PANCERA
Primeira mulher a ocupar a presidência. Assumiu o cargo interinamente em 2021, após licença médica do então presidente José Maria Cancelliero, que renunciou ao comando da entidade no ano seguinte. Assim, em 2022, aos 96 anos foi oficialmente empossada. Atuou como professora na Escola Estadual Buenos Aires, além de ter sido aluna. Lecionou por 41 anos em sala de aula, onde se aposentou, em 1996, pela compulsória. Incansável defensora da educação e da valorização do magistério, optou por dedicar a vida à representatividade da categoria. Ingressou como associada do CPP em 1945 e, em 1986, entrou para a diretoria do CPP e tornou-se a primeira vice-presidente em 1997. Posição em que se manteve até receber a missão de liderar uma das maiores instituições de professores da América Latina, com 120 mil associados.
JOSÉ MARIA CANCELLIERO
Assumiu a presidência interinamente em 2009, quando faleceu o então titular Palmiro Mennucci. Em 2010, ano de eleições da entidade, foi escolhido efetivamente para o cargo, cujo mandato é de 5 anos. Em 2016, foi reeleito presidente por mais 5 anos. No comando administrativo, reformulou o prédio da Sede Central; instalou elevador para pessoas com mobilidade reduzida e conquistou, junto à prefeitura, um semáforo à frente da entidade, o que facilitou a locomoção de associados; além disso, reformou todas as Colônias de Férias, também preocupado com acessibilidade e bem-estar dos usuários. Investiu em comunicação e informação de qualidade para os associados, criando a Secretaria de Comunicação, departamento que concentra a TV e Rádio Web CPP, o Portal CPP, o Jornal dos Professores e as redes sociais. Viabilizou ainda o Guia CPP, veículo impresso que reúne todas as informações da instituição. Professor normalista, teve sólida carreira no magistério, na qual se aposentou como supervisor de ensino.
PALMIRO MENNUCCI
Articulado personagem da história do CPP, dedicou a vida profissional inteiramente à entidade, em contato diário com os presidentes, exceção do primeiro. Começou a trajetória ainda adolescente, como mensageiro. Tempos depois, tornou-se Diretor Geral Administrativo, função exercida até a posse da presidência. O traço da gestão foi “sempre mais para o associado”. Antes do segundo mandato, elevou para 88 o número de Sedes Regionais e para 8 o de Colônias de Férias. Na capital, instalou 5 Subsedes (norte, sul, leste, centro-leste e oeste) e fundou em prédio próprio a Clínica Médica, além de um clube recreativo-esportivo e um alojamento para sócios do interior. Inaugurou farmácia e central de cursos artísticos e culturais na Sede Administrativa, assim como incentivou o Coral Mestras Cantoras e o avanço do Instituto de Estudos Educacionais Sud Mennucci.
SÓLON BORGES DOS REIS
Reconhecido como o mais emblemático dos presidentes do CPP, isso porque esteve quatro décadas no comando da entidade, além de exercer diversos cargos na condição de educador, parlamentar e dirigente de órgãos públicos. Desenvolveu trabalhos como jornalista, rotariano e acadêmico e missões na circunstância de conferencista, organizador de certames e chefe de delegações educacionais e culturais, no Brasil e exterior. Normalista e bacharel em Pedagogia e Direito, com curso de Sociologia e Política, foi docente e diretor de escola primária, secundária e normal, lecionando ainda no ensino superior. Na entidade, administrou a construção do edifício da atual Sede Central; a instalação de uma sucursal na região central da capital paulista; de Sedes Regionais em 69 cidades do estado e mais quatro Colônias de Férias. Criou o Jornal dos Professores e ampliou a publicidade do CPP, idealizou os alicerces de um coral cepepista e instalou em sede própria o Instituto de Estudos Educacionais Sud Mennucci, que abriga a memória do CPP. Cabe ressaltar que esses esforços estiveram o tempo todo a serviço da educação do povo – somente que, segundo ele, “pode levar o Brasil a um grande destino”.
JOAQUIM SILVÉRIO GOMES DOS REIS
A gestão caracterizou-se pela ampliação e aperfeiçoamento das medidas desenvolvidas, com serviços adotados e conquistados pelos antecessores em favor da entidade e dos associados. O número de sócios ultrapassou 10 mil e a reforma da sede própria foi concluída, o que permitiu maior programação social. Houve contratação de profissionais da medicina e do direito, ampliando os serviços de atendimentos médico e jurídico. Não obstante, prestigiou a melhoria progressiva da Colônia de Férias, a manutenção da residência do professor e a publicação e distribuição da Revista do Professor, criada em 1934. Diplomou-se por escola normal oficial tradicional, que o levou a exercer todos os cargos do magistério elementar, de professor substituto de escola rural a delegado regional de ensino. Foi também deputado estadual, com plataforma reivindicatória aplaudida pelo professorado.
ARNALDO LAURINDO
Eleito em momento de calma, solidez e confiança para o CPP, quando prestígio, corpo associativo e finanças cresciam e favoreciam os objetivos da entidade, recebeu a tarefa de estabelecer novos empreendimentos. Assim, percebendo o anseio de professores por espaços à beira-mar, que pudessem dispor de entretenimento e repouso da fadiga escolar, adquiriu um prédio em Mongaguá, litoral sul do estado. Foi construída então a primeira Colônia de Férias para os associados e familiares. Ainda na administração dele, garantiu a publicação da Revista do Professor e conquistou a isenção de impostos para a recente residência do professor. Foi professor e diretor de escolas primárias rurais e de estabelecimentos de ensino profissional, além de deputado estadual por várias legislaturas.
LICÍNIO CARPINELLI
Com foco na Procuradoria da entidade, a gestão se voltou à formação de uma equipe permanente de servidores do setor Expediente, especializada em interesses funcionais dos associados. À época, estando concentradas na capital paulista as Secretarias de Estado e os departamentos a elas subordinados, era complicado para professores do interior manter a ordem burocrática de suas vidas profissionais, como ingresso à aposentadoria, o que mudou com a referida equipe do CPP. Professor normalista, exerceu no magistério primário todos os cargos, de docente a delegado regional de ensino. Em outra área, destacou-se como Diretor do Material da Secretaria de Educação.
JOAQUIM SILVÉRIO GOMES DOS REIS
A gestão caracterizou-se pela ampliação e aperfeiçoamento das medidas desenvolvidas, com serviços adotados e conquistados pelos antecessores em favor da entidade e dos associados. O número de sócios ultrapassou 10 mil e a reforma da sede própria foi concluída, o que permitiu maior programação social. Houve contratação de profissionais da medicina e do direito, ampliando os serviços de atendimentos médico e jurídico. Não obstante, prestigiou a melhoria progressiva da Colônia de Férias, a manutenção da residência do professor e a publicação e distribuição da Revista do Professor, criada em 1934. Diplomou-se por escola normal oficial tradicional, que o levou a exercer todos os cargos do magistério elementar, de professor substituto de escola rural a delegado regional de ensino. Foi também deputado estadual, com plataforma reivindicatória aplaudida pelo professorado.
GENÉSIO DE ALMEIDA MOURA
Ocupou a presidência provisoriamente, em razão do falecimento do titular, por poucos meses. Manteve a estabilidade e segurança do patrimônio da instituição, conferindo firmeza de ânimo aos dirigentes e associados. O curto mandato ocorreu porque, embora fosse um dos fundadores, as responsabilidades de Ministro do Tribunal de Contas do Estado e de Catedrático da prestigiosa Escola Superior de Jurisprudência não permitiram mais tempo no comando “cepepista”. Autoconfiança, refinamento e proficiência marcaram a administração. Professor normalista e bacharel em Direito, atuou no magistério como docente técnico de ensino e diretor. Livre-docente, foi titular da cadeira de Direito Constitucional da Faculdade de Direito de São Paulo.
SUD MENNUCCI
Intelectual reconhecido, idealizou a entidade, tanto que a presidiu por 17 anos. Participou da administração pública, exercendo os cargos de Delegado Regional de Ensino e Diretor Geral do Departamento de Educação. Foi também professor-adjunto do magistério elementar, além de jornalista defensor da educação. Lançou obras como “A Crise Brasileira da Educação”, sua maior e laureada publicação, e “O Pensamento de Alberto Torres”, seu inspirador na defesa do ruralismo. Em 1931, assumiu efetivamente a direção da Imprensa Oficial do Estado. No mesmo ano, elegeu-se presidente do CPP, contribuindo para a concretização da mais importante associação de classe de professores na América Latina. Criou a Revista do Professor e faleceu durante o mandato.