No Dia Mundial da Hipertensão, em 17 de maio,  saiba como amansá-la e destruí-la de uma vez por todas                                      

 

30% dos brasileiros sofrem de hipertensão, doença conhecida como “assassina silenciosa”.

Hipertensos que não fazem o tratamento podem ter aneurismas, infartos de miocárdio, AVC e ataques cardíacos, afirma especialista do CEJAM.

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Anualmente, estima-se que mais de 17 milhões de pessoas vão a óbito em função de infartos, insuficiências cardíacas e, principalmente, hipertensão arterial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Silenciosa e letal, a “pressão alta” atinge cerca de 30% da população brasileira, conforme dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

Conforme a cardiologista Ivia Mallau Fulguera, do CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, a incidência de hipertensão está ligada a fatores de risco como obesidade, tabagismo, consumo excessivo de bebida alcoólica, estresse, hereditariedade e alto consumo de sal.

Pessoas hipertensas que não fazem o tratamento adequado podem desencadear aneurismas, infartos de miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e ataques cardíacos, entre outros problemas.

No Dia Mundial da Hipertensão, lembrado em 17 de maio, a especialista alerta para a importância da população prevenir a doença, que, ao contrário do que se imagina, não é exclusiva de pessoas mais velhas, podendo atingir homens e mulheres de todas as idades, inclusive crianças.

“A pressão alta é um mal crônico e assintomático na maioria da população, capaz de causar lesões irreversíveis em diferentes órgãos. Não à toa, o problema é conhecido como ‘assassino silencioso’.”

A hipertensão está relacionada com a força que o sangue faz contra as paredes das artérias para conseguir circular por todo o corpo. “O estreitamento das artérias aumenta a necessidade de o coração bombear com mais força para impulsionar o sangue e recebê-lo de volta”, explica.

Sintomas e diagnóstico

Dores de cabeças constantes, desconfortos torácicos, fraquezas e tonturas, zumbidos no ouvido, visão embaçada e sangramentos nasais são alguns indícios de que a doença está em um estágio avançado e deve ser tratada imediatamente, destaca a médica.

O diagnóstico acontece quando valores de pressão arterial, adequadamente aferidos, se mostram persistentemente maiores do que 140/90 mmHg. Geralmente, níveis considerados normais são aqueles aferidos em 120/80 mmHg. “Outros testes podem ser necessários, conforme avaliação médica”, reitera a profissional.

É importante ressaltar que negros e filhos de pais hipertensos têm uma pré-disposição maior à pressão alta, com 25% de chance de desenvolver a doença ao longo da vida. Por essa razão, a cardiologista recomenda a aferição da pressão ao menos uma vez ao ano, de forma preventiva, independentemente da hereditariedade.

Prevenção e acompanhamento

Segundo Dra. Ivia, a melhor forma de combater a hipertensão arterial é prevenindo a doença, com práticas simples que podem ser adotadas no dia a dia.

“Hábitos saudáveis, como a prática regular de atividades físicas e uma alimentação livre de gorduras e sal excessivo, além de evitar o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas, estão entre as medidas que ajudam a combater a doença.”

Para os pacientes já hipertensos, os cuidados são os mesmos, mas eles devem ser redobrados para que não haja um agravamento do quadro. Além disso, aos portadores de pressão alta não-controlada, recomenda-se o acompanhamento médico mensal para reavaliação, até que a meta pressórica seja atendida.

“Uma vez controlados os níveis pressóricos, deve-se acompanhar o paciente conforme suas necessidades individuais e o risco cardiovascular, que pode ser a cada 3, 6 meses ou 1 ano. Também é importante a realização de exames complementares”, finaliza a especialista.