“Elimine a experiência e o bom senso de quem já passou dos 60 anos e não sobrará bastante experiência ou bom senso para governar o mundo”, disse Henry Ford. Uma conclusão bem apropriada para se comemorar o Dia dos Idosos e chamar a atenção para a valorização daqueles que já conquistaram o direito de não mais trabalhar. Em nosso país, entretanto, direito não é, nem de longe, nada parecido com o que entendemos por conquista.
O Dia do Idoso, celebrado em 1º de outubro, foi instituído pelo Estatuto da Terceira Idade – Lei 10.741 de 2003.
É incrível, mas aposentado por aqui não é o cidadão que já contribuiu com a Previdência anos a fio e que está apto a desfrutar uma vida aprazível após uma vida inteira de labuta.
Ao contrário: são milhares de idosos que sustentam famílias inteiras Brasil afora. Parcas aposentadorias suportam duas e, por vezes, até três gerações num mesmo teto. Contemplados com um tratamento de qualidade para lá de duvidosa, um sistema de aposentadoria composto por desumanas medidas consegue reforçar ainda mais as injustiças e aprofundar as desigualdades sociais.
Lamentavelmente, mesmo que o Brasil tenha conquistado algum destaque no cenário internacional, é nítido que ainda existe em renegar o valor dos seus aposentados.
Leis arbitrárias desafiam diariamente o idoso, o aposentado brasileiro. Por isso, o Brasil acumula uma dívida que vai além do abismo financeiro. Um constrangimento moral que parece não ter fim.
Há ainda aos que esperam na aposentadoria um apoio econômico, dos vultosos obstáculos representados pela burocracia e pelo número insuficiente de funcionários e peritos médicos que comprometem o atendimento dos dependentes da Previdência.
Conquistar direitos dignos aos idosos aposentados é dever perene de cada brasileiro. Uma batalha constante que o Centro do Professorado Paulista abraça há 87 anos.
Mas é luta de todos nós – de jovens e dos que já atingiram a maturidade. Dos que iniciam a jornada de trabalho embalados por sonhos e dos que já gozam do direito de aproveitar o melhor que a vida tem a oferecer sem o peso das responsabilidades acumuladas.
O CPP, com uma estrutura cada vez mais ampliada, concentra-se especialmente no bem estar e na saúde dos seus associados aposentados, pelo absoluto direito de envelhecerem com suprema dignidade.
São 88 sedes regionais espalhadas em em todo o Estado de São Paulo, cinco subsedes na capital, além de nove colônias de férias nos mais privilegiados pontos turísticos. No contraponto da realidade brasileira, o CPP segue firme com o compromisso de garantir o aumento da qualidade de vida de seus associados. A recente inauguração da Colônia de Férias de Poços de Caldas e, em breve, das modernas acomodações da Unidade Paulista, são exemplos desse empenho.
Parabéns e vida longa aos que tanto trabalham, especialmente aos professores associados, merecedores de todo o respeito, admiração e afeto.