
O Centro do Professorado Paulista (CPP), através da sua sede regional de Adamantina, realizou na manhã da última sexta-feira (18) mais um Encontro dos Professores Representantes de Escolas. A pauta da atividade seguiu a programação estadual estabelecida pela entidade, e foi amparada por uma transmissão de vídeo ao vivo, que subsidiou e estimulou as discussões locais.
A dirigente da sede regional de Adamantina, professora Marlene Ribeiro Esteves, recepcionou os professores, além de acolher, também, os dirigentes do CPP de Dracena e Panorama, reforçando a articulação regional, o que garante mais forma e representatividade nas discussões junto ao comando estadual do órgão.
Pauta
O encontro no CPP de Adamantina possibilitou a análise do projeto “Diálogo com a realidade”. Nessa área, os convidados assistiram a transmissão gerada pelo CPP em São Paulo, e puderam ampliar e contextualizar as questões locais, que tratam da realidade do ambiente de trabalho, sobretudo as dificuldades enfrentadas pelos profissionais da educação dentro e fora da sala de aula.
Entre as questões abordadas, estão o formato pedagógico e organizacional da educação, as exigências profissionais que recaem sobre o professor, o crescimento das cobranças e a redução e perdas de benefícios e ganhos. Além dessas perdas materiais, os professores questionam ainda dos prejuízos psicológicos e à saúde, diante da sobrecarga, da ausência de retaguarda, incentivo e reconhecimento, sobretudo diante do papel estratégico que desempenham na formação inicial de crianças e adolescentes.
Outro tema debatido foi a PEC a 241/2016, Proposta de Emenda à Constituição cujo objetivo defendido pelo Governo Federal é o de instituir um novo regime fiscal para o país. O alicerce central da proposta está baseado no estabelecimento do chamado “novo teto para o gasto público”. A PEC propõe alterar os critérios para cálculo das despesas mínimas na Educação e Saúde, que passariam a ser corrigidos pela variação da inflação do ano anterior, sem aumento real. A aprovação da PEC pelo Congresso Nacional congelaria por 20 anos o orçamento, e se houver crescimento econômico, não há possibilidade de revisão do congelamento. Ou seja, mais penúria orçamentária para os próximos anos.
Luta contra a Medicalização da Educação
O encontro em Adamantina debateu também a Lei Estadual n° 16.081, de 28/12/2015, de autoria do Deputado Estadual Deputado Carlos Giannazi (PSOL), que institui o 11 de novembro como Dia Estadual de Luta contra a Medicalização da Educação. O fenômeno da medicalização atinge diretamente às crianças, adolescentes e professores, transformando problemas sociais e educacionais em doenças, com o objetivo de individualizar questões coletivas, controlar e silenciar a sociedade e camuflar questões referentes à políticas públicas na área da educação.