Secretaria da Educação do Estado diz que autorização ocorre em caráter extraordinário
Sem conseguir contratar professores para atuar nas escolas estaduais, o governo Rodrigo Garcia (PSDB) alterou uma resolução para que profissionais sem formação específica na área possam dar aula. A mudança vai permitir que professores com diploma de pedagogia sejam contratados para dar aula de história, geografia, sociologia, filosofia, arte, projeto de vida e orientação de estudos.
A resolução também permite que estudantes de cursos de licenciatura a partir do quarto semestre sejam contratados para dar aula das disciplinas que cursam. Há ainda a autorização para contratar profissionais que tenham diploma de bacharelado ou curso de tecnologia, ou seja, sem formação em educação. A resolução foi publicada no Diário Oficial do Estado no dia 10 deste mês, mas as novas regras passaram a valer a partir na última segunda-feira (20).
Há nove anos sem concurso público e com a implantação de novos programas que aumentaram a carga horária nas escolas estaduais, o Governo de São Paulo não tem professores em número suficiente. Em reportagem, o jornal Folha de S. Paulo mostrou que, já quase ao fim do primeiro semestre letivo, 17% das aulas do novo ensino médio ainda estão sem um professor atribuído. Ou seja, os estudantes passaram metade do ano sem ter as aulas previstas. Segundo a Seduc (Secretaria Estadual de Educação), essas aulas têm sido preenchidas com conteúdo do Centro de Mídias.
A Seduc diz que a autorização ocorre em caráter extraordinário e que mantém a contratação preferencialmente por professores com formação específica nas áreas curriculares. “A alternativa é necessária para garantir o direito à educação de todos os estudantes da rede”, diz.
Para especialistas em educação, a mudança não resolve a raiz do problema: a falta de professores na rede, que vem da falta de concurso público, baixos salários e desvalorização da carreira docente. Elas também destacam que o déficit deste ano resulta da falta de planejamento para a implementação de novas políticas.
“É um remendo muito malfeito na tentativa de resolver rapidamente o problema. Mais uma vez vão jogar mais problemas para dentro da escola, porque vão contratar pessoas sem formação e sem experiência para atuar em sala de aula”, afirma Débora Goulart, professora da Unifesp e integrante da Repu (Rede Escola Pública e Universidade).
A falta de profissionais foi constatada por estudo feito pela Repu, que apontou também maior déficit de professores em escolas com pior nível socioeconômico. A secretaria relaciona a falta de professores à maior oferta de aulas no novo ensino médio e à ampliação do PEI (Programa Ensino Integral), vitrine eleitoral do governador. Desde 2019, o número de escolas de tempo integral no programa passou de 364 para 2.050.
“A secretaria trata o déficit como se fosse um acidente de percurso, algo que não pudesse ter sido previsto. Quem comandava a pasta sabia que os programas iriam aumentar o número de disciplinas, de aulas nas escolas e que haveria maior necessidade de professores. E ainda assim não contrataram”, avalia Ana Paula Corti, professora do IFSP.
O próprio governador tem minimizado o déficit de professores, ainda que os alunos tenham ficado sem parte das aulas por todo o primeiro semestre. “Sim, quase 20% das aulas ficaram sem professor. Mas vamos olhar pelo outro lado, as outras 80% tinham professor”, disse Garcia no dia da posse do novo secretário de educação, Hubert Alquéres.
Na ocasião, o governador também não se comprometeu com um prazo para resolver o déficit de professores. Garcia disse esperar que a situação seja resolvida nos próximos dois meses, antes do início do próximo semestre letivo.
Segundo a Seduc, foram abertas vagas para a contratação de 2.900 professores em regime temporário, com contratos de até três anos de duração. Os salários variam entre R$ 5.000 e R$ 7.000.
A rede estadual de São Paulo tem cerca de 210 mil professores — mais de um terço deles foi contratado de forma temporária. Em nota, Álqueres disse que o déficit enfrentado nas escolas estaduais não é um problema exclusivo de São Paulo.
“Temos muitos professores de geografia, por exemplo, que foram atuar em outras frentes, como ONGs ambientalistas. Muitos da área de exatas partiram para o mercado financeiro. Nossa meta é valorizar a carreira para que a sala de aula seja cada vez mais atrativa.”
As especialistas destacam que o problema da falta de professores ocorre pelas más condições da profissão. Os cursos de licenciatura são os que têm o maior número de matrículas e concluintes no ensino superior.
“São Paulo tem profissionais em número suficiente para dar conta das demandas do ensino básico, mas eles não são valorizados e acabam deixando a docência. A carreira é pouca valorizada e medidas como essa desvalorizam ainda mais os que persistem em atuar na sala de aula”, diz Corti.
“Contratar qualquer profissional sem formação específica para dar aula passa um recado muito ruim para alunos e professores. É dizer que qualquer um pode dar aula”, afirma Goulart.
Fonte: Folha de S. Paulo – Isabela Palhares
Já sou aposentado,tenho 75 anos,mas perfeito em minha saúde física e mental,gostaria de voltar a dar aulas Será que me contratariam.
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Qual a resolução sobre a mudança referente os professores de pedagogia poderem ministrar aulas de história, geografia etc?
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Acabei de me formar em pedagogia e mesmo almejando uma colocação na educacao pública também não acho que seria capacitada para dar aulas específicas, no máximo até o fund. 1 porque o meu curso me ofereceu este suporte, mas mais que isso só com especialização, porem conhecendo a história da educação , sempre foi feito dessa maneira, colocando uma porção de crianças ou jovens em uma sala com uma pessoa aleatória, pois o depósito de tábuas rasas não pode parar de funcionar.
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Tenho formação na área de Humanas e fiz minha inscrição para contrato emergencial em Piracicaba-SP, estou aguardando atribuição via online, uma vez que hoje resido no Estado de Mato Grosso.
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Boa tarde, quero saber como me inscrever, obrigada.
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Boa Tarde!
Estou cursando 3 ano da faculdade de licenciatura pedagogia e posso está se escrevendo para vaga?
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Boa tarde!
Gostaria de saber como me escrever pra alguma seleção ou cadastro para lecionar algum dos componentes citados na enquete. Sou graduada em Licenciatura em Pedagogia. Me interessa muito.
Obrigada!
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Sou professora formada em Geografia trabalho em uma escola de tempo integral e queria saber qual o valor do salário desse profissional aí em São Paulo.
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Tenho pedagogia, então poderei ministrar geografia, filosofia, sociologia e artes??
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Boa tarde!
Estou cursando o último período de pedagogia. Gostaria de saber como me inscrever?
Obrigada.
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Sou bacharel em Ciências Contábeis com curso de Pedagogia Incompleto, gostaria de me candidatar.
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Estou no ultimo ano de pedagogia. onde serão feitas as inscrições?
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Boa tarde Vou começar o quarto semestre de licenciatura em História pelo que entendi posso me escrever para lecionar onde me escrevo.
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Sou formada em pedagogia e tenho interesse em trabalhar no estado como proceder?
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Boa tarde.
Sou pedagoga e quero atribuir aulas de história. Como proceder?
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