No pronunciamento do professor Azuaite Martins França, vereador pelo partido (PPS), na tribuna durante a sessão plenária da Câmara Municipal de São Carlos nesta terça-feira (18), ressaltou o quanto fica estarrecido com certas notícias que evidenciam a falta de projeto e de compreensão do Brasil. E da mesma forma ao notar a ausência de verdadeiras soluções para o país, para o estado e para o município.
O vereador frisou que no período de pandemia é nítida a importância social da Educação em todos os seus aspectos. Quando muitas crianças se privam das aulas a distancia por não ter equipamentos para interagir, ou porque a cobertura de internet não se dá em todos os espaços de São Carlos, se percebe que o problema é sério. Quando famílias não são capazes de acompanhar filho ou neto nas aulas a distância, começa-se a enxergar de forma mais aguda a importância do professor, da presença do professor na sociedade.
“Quando se constata que no período de pandemia a grande esperança de todo o mundo está na conquista de uma vacina eficaz que possa salvar vidas e devolver liberdade para todos os seres do planeta, as expectativas estão na Educação, na Ciência e na Pesquisa”, afirma.
Indignação
Deixa claro sua indignação quanto a notícia de cortes orçamentários feitos na educação e na pesquisa, anunciado nesta semana. E em seguida a informação de que as verbas públicas destinadas à Defesa neste país superam em muito as destinadas à Educação e à Saúde.
Para ele é absurdo que instituições da importância de uma Fapesp tenham seu orçamento cortado, sem que aquele que corta entenda que a extensão de uma bolsa de pesquisa, o financiamento de um projeto de pesquisa não se resume em um ano, mas é algo que atravessa anos. E que uma pesquisa não se interrompe. Quando ela é interrompida acaba prejudicando tudo o que foi feito antes.
Segundo ele pessoas inconsequentes no governo federal e estadual são nefastas para o futuro do país. O Brasil está perdendo o seu futuro, infelizmente.
Defesa como prioridade?
A Educação e a Saúde são fundamentais. Enquanto na pandemia há 110 mil mortos e 3 milhões de infectados no país, a prioridade do governo federal estampada nas verbas de seu orçamento privilegia a Defesa e as Forças Armadas. Não a Educação. Não a Saúde. “Então eu não sei qual futuro estão desenhando para este país”, disse desolado.
“Quero que me expliquem e me convençam que estou errado e que certo está aquele que vê prioridade na Defesa do país que, quando foi à guerra, enviou poucos milhares de pessoas. Que importância tem essa Defesa do Brasil em relação à Educação e à Saúde? Convençam-me de que existe alguma vantagem para o Brasil cortando dinheiro para a pesquisa e a Educação!”, terminando sua fala na tribuna.