Sede de São Bernardo do Campo instala faixa em defesa do hospital do servidor

A Sede do Centro do Professorado de São Bernardo do Campo e participa de mobilização em defesa do Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo), com faixa em frente ao prédio para chamar a atenção de autoridades sobre a situação caótica em que se encontra a administração do hospital do servidor.  A proposta foi decidida em reunião da Frente Paulista em Defesa do Serviço Público, que congrega mais de 90 associações do funcionalismo, da qual o CPP faz parte.

“No Grande ABC a insatisfação é visível pelos professores e profissionais da Educação”, lamenta Laismeris Cardoso de Andrade, presidente da Comissão Consultiva Mista Municipal do Iamspe em São Bernardo do Campo e diretora da Regional do CPP. “São lastimáveis as condições em que se encontra o Iamspe. Um verdadeiro caos. É visível a queda de qualidade dos serviços oferecidos e a enorme dificuldade no acesso à saúde em toda a rede credenciada. Macas são acumuladas nos corredores do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE). Os problemas são os mais diversos, desde a falta de convênio hospitalar, de laboratórios de imagem e mesmo clínicas para consultas.”

Guerreira e incansável na luta por atendimento satisfatório aos associados do CPP, ela interveio para que professores idosos possam ser atendidos, muitas vezes na luta por internação. No interior, a situação em determinadas regiões beira o abandono, como em Presidente Prudente. As queixas dos usuários são inúmeras, desde um uma consulta de rotina a uma necessidade cirúrgica.

Não podemos esquecer que em outubro de 2020 foi aprovado na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) a elevação das alíquotas de contribuição dos usuários ao Iamspe, resultando num orçamento em torno de R$ 1,6 bilhões. E, apesar do brutal aumento orçamentário, proveniente dos nossos salários congelados, a qualidade de atendimento não ocorreu. “Devemos lembrar ainda que o Governo do Estado de SP aproveitou-se do aumento da alíquota do usuário para reduzir para ridículos R$ 4 mil anuais a sua contribuição ao Iamspe”, afirma Laismeris.

Juntando tudo isso, fica claro para o funcionalismo que a atual administração do Iamspe é inoperante, insatisfatória e que não corresponde às necessidades. O que o Iamspe precisa é de uma nova forma de administração. Com mais democracia e transparência. Com o real comprometimento do governo com a saúde de seus trabalhadores, e não apenas espiral de terceirizações sem fim e sem resultados positivos.

REIVINDICAÇÕES

O Governo do Estado precisa participar do orçamento do Iamspe na mesma proporção que os servidores públicos;

Conselho Administrativo e de um Conselho Fiscal que sejam deliberativos e com a participação do funcionalismo de forma paritária;

Que o funcionalismo possa escolher o superintendente do Iamspe;

Mais democracia, mais transparência e melhor atendimento;

3% do governo/SP já!;

Conselhos administrativos e fiscais formados e eleitos pelo funcionalismo;

Participe desta luta você também!