Entidade volta a protocolar documento junto ao governo com posição sobre abertura de escolas
A diretoria do CPP, preocupada com o cenário que vem acompanhando junto às escolas públicas, considera prematuro retornar as aulas presenciais em outubro. Como não há vacina para a Covid-19 e o número de casos e óbitos permanece em alta no Brasil, o plano do Governo não garante a segurança dos profissionais da educação nem dos alunos. Sendo assim, a opinião do CPP é de que as aulas voltem somente em 2021, quando houver a vacina.
A entidade enviou ofício ao governador João Doria (PSDB) e ao secretário da Educação Rossieli Soares solicitando reunião urgente com ambos para discutir: retorno das aulas presenciais ainda em 2020; aulas presenciais x teletrabalho; contratação de temporário etc.; Concurso de remoção — calendário das demais fases do concurso; Regulamentação do processo de Inscrição de Atribuição de Aulas e Classes para o ano letivo de 2020.
Da mesma forma que o Governo efetuou o anúncio para um retorno do qual o CPP é contra, o Conselho Municipal de Saúde e o Conselho Estadual de Saúde, responsáveis pelas condutas e pareceres de saúde do município e estado de São Paulo, respectivamente, em pareceres oficiais, manifestaram-se pelo não retorno das aulas enquanto não houver uma forma segura de contenção do vírus. Por outro lado, o Ministério Público, por meio de sua divisão de educação, recomendou ao Governo e à Secretaria da Educação que, antes de qualquer retorno, fossem ouvidas as entidades de classe do setor.
Infelizmente, nenhuma das orientações foi seguida pelo Governo de SP e pela Secretaria da Educação, ignorando a manifestação do órgão ministerial. O estado está prestes a enfrentar um problema para o qual o CPP entende não estar preparado.
O CPP insiste em não permanecer à margem de toda e qualquer mesa de negociação e discussão e, em conjunto com todos os associados, descontente com a forma com que a classe do magistério e a própria educação, mais uma vez, vêm sendo tratada com desrespeito aos seus direitos, posiciona-se por diálogo.
Em diversas ações, o CPP também lançou uma campanha: “Diga não ao retorno presencial nas escolas”.
Acesse aqui o ofício encaminhado ao governador