O ato começou por volta das 15h, quando sindicatos e deputados da oposição começaram a ser reunir em frente à Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) para tentar impedir a votação. Deputados da oposição e representantes dos trabalhadores discursaram em um caminhão de som. Por volta das 15h40, os manifestantes fizeram uma caminhada ao redor da Alesp e voltaram ao ponto inicial para uma vigília até a hora em que o PLC foi apreciado pelos parlamentares. A expectativa foi de que um telão instalado na área externa para que eles acompanhassem a sessão.
Maria Izabel Azevedo Noronha, a professora Bebel, presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) e deputada pelo PT, afirma que o PLC 26 precariza as relações de trabalho dos servidores estaduais. “Querem nos enganar, não aceitaremos que passem um rolo compressor no servidor público, vamos trabalhar pela obstrução do projeto”, assinalou Bebel.
O deputado Carlos Giannazi (PSOL) também discursou e criticou o fato do PLC 26 ter sido enviado direto para a Alesp, sem passar por nenhuma comissão parlamentar. “É mais um ataque do Doria contra a população. Ele quer acabar com a licença-prêmio e o novo modelo de bonificação afeta servidores da ativa, aposentados e pensionistas”, observou.
Maria Lúcia de Almeida, terceira vice-presidente do CPP (Centro do Professorado Paulista), classificou que os funcionários públicos estão sendo massacrados pelo governo estadual e que o PLC 26 tira “os poucos direitos que os servidores têm”. “O projeto tira os direitos como o abono e insalubridade, não vai restar mais nada. E isso também é ruim para o povo porque, limitando mais uma vez a força do funcionário público, está oferecendo um serviço de última categoria para a população que paga seus impostos”, opinou Maria Lúcia.
Uma das principais mudanças é a criação da bonificação por resultados, que já é usada em algumas secretarias, como Educação e Fazenda e Planejamento. O modelo prevê o pagamento de bônus aos servidores de órgãos públicos e autarquias que avancem na carreira entre um ano e outro.
O projeto também propõe o fim das faltas abonadas – atualmente, os servidores podem ter até seis faltas abonadas por ano, sem a necessidade de apresentar documento legal justificando a ausência. Além disso, o texto extingue o reajuste do adicional de insalubridade com base no IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e revoga a possibilidade de pagamento dessa “vantagem” nos afastamentos por meio de licença-prêmio.
Se aprovado, o PLC criará a CGE (Controladoria-Geral do Estado), congregando as funções de auditoria, ouvidoria, corregedoria e controladoria “tal como se dá no âmbito federal com a CGU [Controladoria-Geral da União]”. Uma das medidas da proposta é a alteração da Lei 1.093, de 16 de julho de 2009, que trata sobre a contratação de temporários no estado de São Paulo, incluindo professores. Se for aprovada, a nova regra permite contratar servidores por motivos de calamidade pública, greve que perdure por prazo não razoável ou que seja considerada ilegal pela Justiça.
Fonte: Agora São Paulo e Folha de São Paulo – repórter: Flavia Kurotori
Isso é um ultraje! Precisamos ser valorizados e não penalizados! Essas pessoas nunca tiveram professor? Ou foram daqueles alunos que odeiam o professor? São traumatizados e vingativos? Vão se tratar! Por favor! Insensatos, egoístas, arrogantes que olha apenas para o próprio umbigo!