No Brasil, desde 1897, nós educadores Maristas sabemos que a educação acontece “pela solidariedade e para a solidariedade”. Só alcançamos êxito nesta dimensão educacional quando transformamos a solidariedade em caminho e meta, pois não é possível aprender a solidariedade como um valor ’em tese’.

O Papa Francisco tem servido de exemplo nas práticas solidárias e é uma inspiração para nós, educadores. A própria Campanha da Fraternidade deste ano, cujo lema é “Eu vim para servir”, nos traz uma excelente oportunidade para refletirmos sobre a renovação da sensibilidade. Temos que fugir do cinismo e da resignação, além de reconhecer a crescente interdependência existencial e prática das nossas vidas pessoais e coletivas.

Resgatar o que sentimos, clarear o que percebemos, agir a partir dessas percepções é o que movimenta o nosso jeito de fazer educação. E é fato, os jovens recebem muito bem boas diretrizes, tanto que os observamos lutando intensamente pela conquista cotidiana e pela disputa permanente entre controle e autonomia. Um bom exemplo é a Missão Solidária Marista (MSM) – que envolve adolescentes dos Centros Sociais e dos Colégios do Grupo Marista – com incidência simultânea em várias realidades socialmente vulneráveis. Um comprometido gesto concreto, oficinas socioeducativas e visitas domiciliares dinamizam essa rica experiência!

Que a ação Marista nos possa inspirar, e que todos nós – como sociedade brasileira – possamos servir e viver o almejado resgate do humano, aprendendo a conviver e desenvolver o conhecimento a respeito dos outros, de sua história, tradições e espiritualidade.

Por Ascânio João (Chico) Sedrez, Diretor Geral do Colégio Marista Arquidiocesano.

Secom/CPP