Atualizado em 25 julho, 2024 às 12:00

Foto: Bruno Amaral/CPP

O prefeito de São Paulo e pré-candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), participou, na noite desta quarta-feira (17), de uma sabatina (veja abaixo a íntegra do evento e a galeria de fotos) na Sede Central do CPP, na região central da capital paulista. A uma plateia de diretores da entidade e jornalistas especialistas convidados, o emedebista, que é empresário, reiterou por diversas vezes que é preciso responsabilidade financeira para implementar políticas públicas na Educação municipal, e também para tratar questões como a contribuição previdenciária dos servidores aposentados e pensionistas, muitos deles professores.

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“Nós tínhamos um déficit atuarial da Previdência de R$ 171 bilhões. Com a reforma que a gente fez, conseguimos eliminar R$ 100 bilhões. Analisar, rever (a contribuição), sempre estaremos fazendo isso. Mas é muito importante que o gestor tenha responsabilidade fiscal. A gente hoje ter uma ação que possa gerar comprometimento dos aposentados receberem os seus benefícios seria de uma grande irresponsabilidade”, enfatizou Nunes.

“Se a gente ver que existe uma condição possível de suportar essa despesa, de R$ 171 bilhões, evidentemente a gente faz a reversão, e vamos estar o tempo inteiro monitorando e vendo qual é a situação para a gente não comprometer o caixa da Prefeitura e manter sempre a questão do equilíbrio fiscal”, acrescentou o pré-candidato.

O assunto também foi abordado na conversa inicial de Nunes com a jornalista do CPP Simone Tortato, apresentadora e mediadora da sabatina, ao falar de investimentos em Educação.

“Defendo, e acho que todos vão fazê-lo, que a saúde financeira da cidade tem uma correlação muito importante com a possiblidade de melhora em todas as áreas. Dentro da saúde, da Educação, você não consegue fazer as suas ações sem ter as condições financeiras de implementar as políticas públicas. Para poder fazer a valorização dos professores, a ampliação da rede de unidades escolares, a reforma das salas, implantação de tecnologia”, ressaltou o prefeito, dizendo que a cidade de São Paulo está atraindo muitos investidores, e isso tem possibilitado, inclusive, a contratação de professores.

“Você só abre concurso e chama do concurso se você tiver saúde financeira. Pode vir aqui quem quiser falar. ‘Ah, eu vou chamar, eu vou fazer’. Se você não tiver dinheiro para fazer frente a esse custeio, não vai adiantar nada”, disse o pré-candidato.

Além de Simone, participaram das perguntas ao prefeito os jornalistas Ana Basilio (Carta Capital), Rubem Barros (Revista Educação), Beatriz de Oliveira (Nós, Mulheres da Periferia), Rodrigo Ratier (UOL) e Cintia Gomes (Agência Mural de Jornalismo das Periferias). Os temas abordados variaram de escola cívico-militar à municipalização do ensino, passando por segurança nas escolas, reajuste dos professores, educação sexual, merenda saudável, valorização do professor e investimentos estruturais nas escolas, entre outros.