O secretário estadual da Educação de São Paulo, Rossieli Soares, disse nesta sexta-feira (9) que as aulas presenciais na rede estadual de ensino voltam na próxima quarta-feira (14). O retorno é possível porque o governo paulista anunciou o fim da fase emergencial a partir da próxima segunda-feira (12).
Na semana que vem, começa a vigorar a fase vermelha do Plano São Paulo, menos restritiva em relação à emergencial. Mesmo assim, apenas atividades essenciais podem funcionar. A educação está nesta lista por uma decisão recente da gestão do governador João Doria (PSDB).
“As escolas estaduais reabrem a partir de 14 de abril”, afirmou Rossieli durante entrevista coletiva sobre a pandemia. “Na verdade continuam abertas, mas vão começar a receber outro público. Dias 12 e 13 de abril devem ser aproveitados para organizar e conversar com as famílias”, completou o secretário.
A abertura de escolas municipais e particulares depende de decisões das prefeituras. Na capital, o prefeito Bruno Covas (PSDB) decidiu nesta sexta-feira (9) pela liberação das aulas presenciais já na segunda (12). Anteriormente, ele havia dito que as atividades não voltariam enquanto durasse a fase emergencial, que terminará no domingo (11).
Na rede estadual, seguem valendo as regras da fase vermelha que já vigoravam antes do início da fase emergencial, em 15 de março. As escolas não podem ter mais de 35% de ocupação e a presença nas aulas não é obrigatória para os alunos. Rossieli também lembrou que, se houver necessidade de priorização dos alunos que terão atividades presenciais, o governo paulista já estabeleceu alguns critérios.
“Lembrando que na rede estadual vamos estar focados em alunos com severa defasagem de aprendizado, dificuldade de acesso a tecnologia, alunos com necessidade de alimentação escolar e alunos cujos responsáveis trabalhem em serviços essenciais, e alunos com saúde mental em risco”, disse o secretário.
Vacinação de professores
Na coletiva, Rossieli Soares também anunciou a antecipação da vacinação para professores e profissionais ligados à educação. Com prioridade para trabalhadores com mais de 47 anos, a imunização começa já neste sábado (10). Antes, estava prevista para segunda.
Para se vacinar, o profissional da educação precisará fazer um cadastro e obter autorização do governo. Professores e demais funcionários terão que preencher o formulário no site “Vacina Já”, e as informações serão cruzadas com bancos de dados do estado e do Censo Escolar. Quem atua na rede privada terá de anexar também os holerites de fevereiro e março. De acordo com o governo, o objetivo é evitar fraude.
Já os funcionários terceirizados terão de informar o CNPJ da empresa com contrato ativo. Os profissionais da educação que atuarem em duas escolas deverão informar apenas uma delas.
POSIÇÃO DO CPP
O CPP é contra volta às aulas presenciais num momento crítico com casos de Covid-19, internações e óbitos ainda com números altíssimos. É preciso que se vacine todos os professores e os profissionais da educação para voltar com escolas abertas. O fluxo de pessoas trafegando é inadmissível com o agravamento da pandemia nas últimas semanas.
#VacinaJá!