Depois do envolvimento dos brasileiros com a Copa do Mundo, ficam os questionamentos sobre o legado que o megaevento deixa para o nosso país. Estádios modernos, aeroportos ampliados e algumas obras de mobilidade urbana são benfeitorias pontuais que permanecerão. No entanto, existe outro legado, mais abstrato, que exige planejamento a longo prazo e visão de futuro, algo não muito comum em nossas terras tropicais.

 

A prática esportiva nas escolas é um exemplo positivo de como as nações mais desenvolvidas – como os Estados Unidos, a Alemanha e a França – trabalham suas crianças e adolescentes com a cultura do esporte. Infelizmente, ainda temos um percurso longo a percorrer nessa área no Brasil, mesmo com a organização da Olimpíada de 2016 no Rio.

 

O esporte reforça aspectos pedagógicos como disciplina, respeito ao próximo, hierarquia e trabalho em equipe. Desperta o senso de cooperação, o entendimento, o respeito às regras e a organização do tempo. Fundamentos que tornam os jovens competitivos até mesmo para o mercado de trabalho.

 

Há também benefícios à saúde, a melhoria na coordenação motora e ao desenvolvimento físico e mental, o que ajuda na aprendizagem e afasta o jovem de malefícios como drogas e más companhias. A prática desde cedo nas escolas também revela talentos que podem se tornar os futuros heróis do esporte, como Neymar, Müller, Messi, Robben e tantos outros que se destacaram nesta Copa.

Por Luiz Gonzaga Bertelli é presidente-executivo do Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE, da Academia Paulista de História – APH e Diretor da Fiesp.

Secom/CPP