A educadora fala sobre a PEC 241, a reforma do Ensino Médio e a qualidade do ensino público x valorização do professor. No “Na Ordem do Dia” desta semana.
Maria Alice Setubal comenta as possíveis mudanças na Educação
por Leandro Silva | 21 out, 2016 | TV CPP Notícias | 1 Comentário
A qualidade da educação não está vinculada somente à qualidade do professor, não. É uma falácia, sem fim, dizer que remunerando maravilhosamente o professor que a qualidade vai melhorar. Há uma péssima formação universitária neste século. Há cidadãos fazendo faculdade como se fosse o tão falado e massacrado ensino progressivo. Pegam diplomas sem embasamento algum. Muitas faculdades não exigem mais o TCC que comprovaria a capacidade deste cidadão. Tem muito professor querendo aumento aí, mas nem sabem dar aulas e, não tendo esta competência, a bola da vez é falar mal de governos, catequizar alunos, militar contra tudo e todos… Agora, mais um ponto importante a ser levado em consideração é que a qualidade de ensino está viculada também ao interesse das famílias e de seus filhos. Eles têm sido, sem sombra de dúvidas, protagonistas para o fracasso da qualidade da edução. Conspiram, juntamente com as leis vigentes, contra as instituições escolares, funcionários e professores. O público deste século não quer mais estudar e não tem nada a ver com atratividade, não. Tem a ver com políticas que os transformaram nisso. Há milhares de alunos, teoricamente, sem famílias, já que estas fingem não ter filhos e não respondem pelos atos deles. Alguém matricula e desaparece. Não há lei eficiente para puní-los. Estes cujos pais são omissos pintam e bordam nas escolas e as leis os protegem demais, mesmo com eles destruindo patrimônios, não deixando os demais estudarem… Um único aluno desajustado vence todo um coletivo. Coloca em risco a integridade fiísica, mental e moral de centenas. Ele é importante? Sim, é! Mas ele é mais importante que uma escola inteira? E não venham com conversas de trabalhos pedagógicos visando recuperá-lo, amor, carinho, paciência e blablablas, não. Obviamente, tudo isso é levado em consideração primeiramente. Mas quando não há mais solução providências devem ser tomadas para o bem de todos. Este negócio de não poder reprovar aluno, suspender ou expulsar, com a falácia de que ele vai abandonar os estudos, vai ficar triste… é tudo balela! Se abandonar, volte quando fizer falta. Se for para o lado do mal, não é a escola que seria a salvação, não. Temos aí milhares de bandidos dominando as escolas. Temos aí milhares de bandidos de colarinho e bem formados. Independende da classe social é uma obrigação perante a Constituição de ser cidadão. Meu pai e minha mãe nunca estudaram. Talvez, seu pai e sua máe também. O cânceres da educação são: Pseudo-salvadores com doutorado que só querem ter seus trabalhos reconhecidos, leis ineficientes, pseudo-faculdades formando pseudo-professores, famílias falidas e não controladas pelas leis (que são ineficientes) e por fim, o produto mal acabado de tudo isso: filhos que se transformam em péssimos cidadãos, sem noção de nada e que vão maltratar e xingar os próprios pais, os professores e, também, a polícia. Foi isso que conseguiram a partir da Constituição de 1988, do ECA e dos Movimentos Sociais vigentes. O choro é livre, mas encare a realidade e assuma que as ideias para uma educação inclusiva foi um completo fracasso. É isso aí!