É difícil se animar com a educação brasileira quando se olha o resultado do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) de 2013.
Das três níveis medidos pelo índice, apenas o ensino fundamental I (até a 5ª série). Esse grupo já vinha melhorando nas últimas avaliações, e o governo esperava que isso desse uma força nos níveis acima. Só que não. Os anos finais do ensino fundamental até avançaram um pouquinho, mas, pela primeira vez, não cumpriram a meta. O ensino médio, então, nem se fala. Ficou parado no tempo, sem melhorar um centímetro.
Diante desse quadro, todos concordam que o ensino no Brasil precisa passar por transformações urgentes. Ideias não faltam. Nos últimos tempo,s falou-se muito sobre dar mais dinheiro para o setor. O governo federal até sancionou um novo Plano Nacional de Educação, que determina que, até 2024, 10% do PIB seja investido na educação (hoje são quase 7%).
Mais dinheiro sempre ajuda, claro, mas como o dinheiro do país anda curto, é bom pensar em alternativas que custem pouco. Rever as maneiras de ensinar, por exemplo, seria mais barato.
Reformar o currículo e deixá-lo unificado em todo o país e outra boa proposta. Além de criar um padrão para formação dos próprios professores. Eles aprenderiam na faculdade como ensinar os assuntos de um currículo unificado. Hoje, Estados, municípios e até colégios decidem o que será dado na sala de aula. Arrumar essa bagunça provavelmente ajudaria a melhorar o ensino no Brasil.
Editorial Jornal Agora São Paulo, desta segunda-feira (15/9).
Secom/CPP