Como em casa minha mãe, mais do que professora, é alfabetizadora, jamais tive planos de um dia ter a mesma profissão que ela, principalmente no meu tempo de faculdade.
As nossas vidas tomam caminhos que, às vezes, somos levados ou induzidos a seguir, que nos são proporcionados ou que são apenas a expressão de uma vontade que estava gravada em nosso subconsciente.
Proporcionar à criança a possibilidade de pular num buraco negro para que ela passe a outra dimensão e possa ler e escrever é algo absolutamente grandioso.
Um personagem da nossa história recente, como o filósofo alemão da virada do século passado Ludwing Wittigenstein, entre outros, lecionou em colégios e, nem por isso, ele, que é considerado precursor de duas viradas linguísticas, teve a pecha de ser “só” professor. A profissão é dignificante, transformadora e importante para o desenvolvimento de um país. Um Estado que valoriza o professor garante a evolução de seu povo e, mais do que isso, a sua não alienação daquilo que ocorre em torno de si.
Ponto de vista de Thiago Matsushita, mestre e doutor em direito pela PUC-SP, coordenador do curso de graduação em direito e professor de mestrado e doutorado
SECOM/CPP