Aprender é, essencialmente, recriar conhecimento como ação, como atitude e compromisso ético “aos que virão depois de nós”. Se a literatura entrelaça as palavras e dá encanto a vida, da mesma forma o professor liga o mundo: cada vez mais interdependente, multipolar, imprevisível, sofisticado e frágil.

 

É o professor quem nos ensina “A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu, mas pensar o que ninguém pensou sobre aquilo que todo mundo vê”. A arte de ensinar é uma prática social complexa, carregada de conflitos e que exige posturas éticas e políticas. Ser professor requer saberes e conhecimentos científicos, pedagógicos, educacionais, sensibilidade e criatividade para encarar incertezas.

 

Professora uma cultura de paz, tarefa do docente e também do policial, exige serenidade para debates e entendimento claro sobre aquilo que se quer preservar. Sabemos que proteger e cuidar são atividades, eminentemente, de caráter pedagógico. Revestidos da nobre tarefa de ensinar dedicamos tempo nas preparações das aulas, visando crescimento sociocultural e cognitivo de nossos alunos, características fundamentais para a formação de uma sociedade mais justa. “Todo dizer é deficiente – diz menos do que quer; todo dizer é exuberante – dá a entender mais do que se propõe”.

 

Se ao cristão é preciso sentir a mão de Deus nos próprios ombros para tentar ser a mão Dele nos ombros dos demais, ao professor e ao policial é preciso trazer no coração uma esperança que transcende aquilo que os olhos podem ver a fim de nos mantermos crepitantes de calor humano e benignidade. Como a gratidão é a memória do coração, todos que leram estas maltraçadas linhas devem agradecer ao profissional que semeou em você o prazer da leitura.

Por Ronilson de Souza Luiz é capitão da Polícia Militar e doutor em Educação

Secom/CPP