Mais segurança, mais atenção às pessoas com necessidades especiais, professores mais presentes e melhor infraestrutura estão entre as principais aspirações dos jovens estudantes do Ensino Médio, de acordo com o resultado de uma pesquisa divulgada recentemente pelo movimento Todos Pela Educação. O levantamento ainda aponta que mais da metade não está muito satisfeita com o conteúdo dos cursos de informática em sala de aula. Para se chegar a esse resultado, foram ouvidos mais de 1.500  adolescentes com idade de 15 a 19 anos, entre os meses de setembro e outubro de 2016.

 

“A pesquisa é muito importante por mostrar parâmetros que ajudem a oferecer aos nossos jovens estudantes um ensino que realmente desperte o interesse deles na aprendizagem. E para aprimorar o que não está atingindo às expectativas e buscar alternativas que atendam o que não está de fato funcionando. Como nos negócios, em que é preciso conhecer exatamente o que procura o cliente para acertar na oferta do produto ou serviço e despertar nele o desejo de posse, na educação precisamos identificar e saber exatamente o que interessa aos nossos alunos, para mantê-los estimulados em aprender, em prosseguir com os estudos”, diz Fabio Silva, coordenador pedagógico do Ético Sistema de Ensino, que oferece soluções educacionais a centenas de escolas espalhadas pelo país.  

 

Ainda que, de acordo com o resultado da pesquisa, a falta de interesse não seja o principal motivo da dificuldade dos alunos em seguir com os estudos. Dados da pesquisa indicam que quase 40% da dificuldade está relacionada à situação financeira, e 13% em administrar a escola com o trabalho. “Infelizmente, a falta de condições financeiras é o que aparece entre as duas principais causas. E para quem precisa conciliar a escola com o trabalho, até para reforçar o orçamento doméstico, a dificuldade também é grande. Seja pelo cansaço e o peso da responsabilidade que carregam já na juventude ou por acreditarem que, como já estão inseridos no mercado de trabalho, já estão bem encaminhados na vida”, avalia o coordenador pedagógico do Ético. 

 

Por fim, perguntados se já pensaram em ser professor, a maioria (66%) respondeu nunca ter considerado tal hipótese. E quem um dia chegou a pensar nessa possibilidade (20%), já desistiu.