Prêmio “Joaquim da Costa Ribeiro”, da Sociedade Brasileira de Física, reconhece pesquisadores pela contribuição à área durante a carreira

A professora Yvonne Mascarenhas, do Instituto de Física de São Carlos, ligado à Universidade de São Paulo (USP), foi a primeira mulher a conquistar o prêmio “Joaquim da Costa Ribeiro”, da Sociedade Brasileira de Física (SBF). A notícia é recente e se soma à relevância feminina neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher.

Desde 2019, a honraria reconhece o trabalho de pesquisadores pela contribuição à física no Brasil. Yvone foi escolhida pelas atividades pioneiras em cristalografia de raios-x e por ajudar no desenvolvimento de uma comunidade científica na área no Brasil.

O prêmio será entregue em junho, durante o Encontro de Outono da Sociedade Brasileira de Física, em sessão solene. Yvone Mascarenhas é formada em química pela extinta Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil. Também foi a primeira mulher a ocupar uma cadeira na Escola de Engenharia da Universidade de São Paulo, em São Carlos.

Ela sempre atuou com o objetivo de tornar a cidade referência internacional em pesquisa de materiais. Tanto que contribuiu para fundar o Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC), que depois veio a se desmembrar em duas unidades separadas.

Em 1959, a professora recebeu uma bolsa de estudos da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos. Foi lá que desenvolveu a paixão pela cristalografia, vindo a fundar logo depois a Associação Brasileira de Cristalografia (ABCr). Também trabalhou em Harvard, Princeton e Birkbeck College.

A pesquisadora se destacou ainda pela colaboração na determinação da estrutura cristalina do hormônio chamado oxitocina, popularmente conhecido como hormônio do amor, e de toxinas de venenos de cobras. Mãe de quatro filhos, é reconhecida igualmente pela formação de jovens na área de física e ciências.

CPP parabeniza Yvonne Mascarenhas

Para o professor Azuaite Martins de França, diretor da Sede Regional do CPP de São Carlos e vereador, o prêmio mais do que merecido, não apenas pela sua contribuição na área de física da matéria e por ter ajudado a montar os Institutos de Física e Química da UFSCAR, além de tantos outros trabalhos, como publicações de artigos e orientações, mas por ter dedicado toda uma via à pesquisa e ao ensino. “São Carlos de hoje é referência em diversas áreas do conhecimento em função de pessoas como a professora Yvonne. Estamos todos muito orgulhosos pela sua conquista”, conclui.

Fonte: Afpesp | G1 de São Carlos