O estilo tradicional de ensinar nas escolas mudou
O mundo está em constante evolução, e o processo de lecionar e aprender dentro de uma escola não pode ficar parado frente a essas mudanças. Diante deste cenário, é preciso que educadores, pais e alunos compreendam a importância de uma nova forma de educar, pois isso certamente trará os melhores resultados para o futuro dos alunos, ao mesmo tempo que pode trazer um presente mais interessante. O ambiente escolar tradicional é aquele que todo mundo conhece: um professor à frente dos alunos em uma sala onde transmite o conteúdo enquanto os alunos o absorvem anotando no caderno tudo o que ouvem. No entanto, esse método foi superado.
O Centro do Professorado Paulista abre espaço ao CEO da Asas Educação e diretor administrativo da Teia Multicultural, Lucas de Briquez, que apresenta uma nova forma de ensinar os alunos do século XXI.
Ontem o professor assumia o lugar de único canal de informação. Hoje é diferente.
“Crianças e adolescentes do mundo atual recebem muitos estímulos no dia a dia assim como os adultos. São filmes, séries, jogos, publicidade, enfim, hoje a informação está disponível em várias plataformas. As formas de adquirir conhecimento são cada vez mais abundantes, o que faz com que o modelo tradicional seja cada vez menos atrativo. Vale lembrar que antigamente o acesso à informação era algo escasso, por isso o professor assumia o lugar de uma espécie de porta-voz da educação, ou melhor dizendo, era qualificado como o detentor do saber e a única via, o único canal por onde o aluno poderia receber esse conhecimento”, explica o empresário.
Levar à sala de aula atividades que estimulem o aluno, como aponta a BNCC.
“Agora, com essas mudanças contemporâneas, é preciso que os educadores se renovem e tragam para a sala de aula atividades que estimulem o aluno a exercer seu pensamento crítico, científico e criativo, como bem aponta a BNCC (Base Nacional Comum Curricular), competências necessárias, porém difíceis de serem desenvolvidas no modelo tradicional de ensino”, acrescenta Lucas.
O polêmico sistema de notas e provas
“No método comum os alunos passam por uma avaliação para sabermos se eles aprenderam aquilo que foi transmitido pelo professor. Daí a criação deste sistema de notas e provas que todo mundo conhece. Mas, um dos problemas que não é comentado habitualmente, é que nem sempre a nota traduz o nível de conhecimento do estudante, pois podem acontecer uma série de fatores no dia da atividade que podem comprometer seu resultado. Por exemplo, se o aluno estiver com uma simples fome isso pode afetar drasticamente seu desempenho cognitivo, ao ponto que simplesmente decorar uma data ou uma fórmula não significa que o aluno aprendeu suficientemente para utilizar esse novo conhecimento em sua vida real, fora dos muros da escola”, comenta Lucas.
A sociedade mudou, daí essa urgência em mudar a forma de ensinar
Diante desse contexto, o empresário acredita que “é muito importante que nós, enquanto educadores, escolas e sistemas de ensino, nos dediquemos a formar seres humanos com uma alta capacidade de colaboração, tendo em vista que a maioria das profissões necessitam de profissionais capacitados para trabalhar em equipe”. Assim, Lucas pondera que a sociedade mudou, daí essa urgência em mudar a forma de ensinar: “Os alunos precisam aprender a lidar com as mais diferentes realidades que vão encontrar na vida em sociedade. Além disso, precisam aprender na escola a lidar com as suas emoções e a reconhecer os diferentes pontos de vista para, enfim, aprenderem a colaborar, quem sabe assim, nossas crianças e adolescentes serão melhor sucedidos na construção de um mundo melhor, do que nós”, completa.