Como parte da série cultural que aborda o pluralismo com base africana encontrado em diferentes aspectos no desenvolvimento social e educacional do nosso País, o CPP apresenta o projeto da associada Magnah Machado de Araújo, professora dos alunos do 3º ano A, da Escola Estadual Dona Zulmira Cavalheiro Faustino, na zona sul de São Paulo. A meta foi trabalhar as diferenças e semelhanças étnicas com o intuito de diminuir o bulling e o preconceito dentro da sala de aula.

 


 “Fiz um trabalho com os meus alunos a respeito de bulling. Havia uma menininha com um cabelo “black power”. E havia, também, um garoto que ficava rindo do cabelo dela porque achava que era muito feio. Começamos a conversar sobre estas questões. Li com eles, como faço diariamente, vários livros, inclusive os que abordam o tema. Então, pensei: vou fazer um boneco, com a ajuda dos alunos, que criarão um laço afetuoso que criará um vínculo na vida deles em relação ao racismo. Fiz o boneco. Os alunos escolheram o gênero, (uma menina)escolheram um nome enorme, Maria Heloisa, e mais dezoito, assemelhando-se ao D. Pedro I, que também tinha vários.

 

 

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Todos ficaram muito carinhosos com a Maria Heloisa. Na sequência foi criado um sorteio para que todos pudessem levá-la para casa. Meninos e meninas. Sem exceção. Havia, também, um registro diário desta convivência. Não houve nenhum constrangimento. Todos quiseram participar. Cada criança colocou um elemento: olhos, boca, roupas, cabelo, enfeites, para que Maria Heloisa criasse uma identidade. O projeto durou aproximadamente três meses. Após a convivência com a Maria Heloisa, as crianças ficam bem atentas para o conceito de racismo e bulling”, conclui a professora Magnah.