Renato Feder, que ocupa o mesmo cargo no Paraná, deve ser nomeado oficialmente até a próxima semana; representantes de professores criticam escolha
Canais de mídia divulgaram, no final de semana, que o atual secretário de educação do Paraná, Renato Feder, foi escolhido para o mesmo cargo em São Paulo pelo governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos). A escolha surpreendeu o CPP e outras entidades do magistério, que não foram consultadas sobre a indicação e temem pela privatização da Educação no estado de São Paulo. Na semana passada, representantes dos professores se reuniram para organizar uma pauta da categoria, a ser apresentada ao novo governo.
Entre os pedidos, consta a sugestão de que o secretário de Educação seja alguém que conheça os desafios do magistério paulista e da rede pública de ensino. “Precisamos de uma pessoa que tenha dimensão dos problemas do estado de São Paulo na área da educação, que são muitos”, afirma a presidente do CPP, Loretana Paolieri Pancera.
No encontro, realizado na Sede Central, também ficou acordado a necessidade de uma reunião das entidades com o governador eleito. A ideia é contribuir para a manutenção de políticas públicas educacionais com participação dos educadores. “Diálogo com os profissionais que estão diariamente nas escolas, em sala de aula, nunca é demais. Sem disposição para ouvir aqueles que sustentam a educação do estado, Tarcísio de Freitas começa muito mal”, reforça Loretana.
Feder, de 45 anos, foi cotado duas vezes para ser ministro da Educação de Jair Bolsonaro (PL), chegou a ser convidado pelo presidente para a pasta, mas depois desconvidado por pressões de evangélicos e alas ligadas ao escritor Olavo de Carvalho. Ele era um empresário bem-sucedido na área de tecnologia quando resolveu trabalhar com educação. Em 2017, ele abordou em um evento o então secretário de Educação de São Paulo, José Renato Nalini, na gestão de Geraldo Alckmin, e pediu um emprego na secretaria. Sua explicação foi a de que havia ganhado muito dinheiro e estava disposto agora a trabalhar pelo ensino público.
Segundo o Estado de S. Paulo, Feder já avisou o governador Ratinho Junior (PSD) que aceitaria o convite de Tarcísio e procura colaboradores para sua nova equipe em São Paulo. Ratinho e o governador eleito de São Paulo devem fazer o anúncio conjunto na semana que vem.
A história se repete. Um forasteiro vai assumir a pasta da educação do principal estado do país. Não entendo o por quê de não se ouvir as pessoas que fazem a educação em S.P. A gestão do PSDB foi uma catástrofe e, pelo jeito, vai continuar piorando .
Os empresários da Educação Provada colocaram os dois pés na Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Esse Senhor – empresario do ramo de informática -é um dos expoentes mais representativo da Direita Bolsonarista Lunática. É isso que dá eleger um governador miliciano!
Como professor aposentado e pela experiência tida ao longo da carreira, essa é mais uma indicação política, de cima para baixo, não ouvindo as Entidades do Magistério e tomando medidas desprezando aqueles que realmente entendem dos problemas existentes na Rede e que poderiam dar contribuições valiosas para 2023.
Uma sugestão para o novo governo é que a partir de 2023, nos meses de maio, houvesse uma reunião com as Entidades do Magistério para mostrar a situação financeira do Estado e discutir os reajustes salariais da Categoria.
O Professor não tem força e nem representatividade há um bom tempo. Politizar não é a solução, tampouco criticar quando a categoria está tão desgastada por tantos acordos espúrios feitos por representantes no passado. Precisamos de sangue novo, gente engajada e não interessada em beneficiar a si e aos seus!!! Onde está a nova liderança? Por acaso foram formados líderes, ou apenas representantes interessados em se perpetuar na liderança! É hora de fazer a “mea culpa” e recomeçar! Boa sorte!! O representante no novo governo será ouvido?? ou será apenas mais um a baixar a cabeça e aceitar migalhas. Infelizmente quase nos acostumamos com isso, um “faz de conta”. Por fim, podemos sempre contar com a responsabilidade do professor dentro da sala de aula, um trabalho de formiguinha para ensinar, muitas vezes, quem não se interessa mais em aprender! Temos que chamar o Chapolin!!