Acre e Paraíba planejam retomada só no mês de setembro; Roraima está sem previsão de retorno

Apenas três estados brasileiros não terão aulas presenciais nas redes de ensino estaduais em agosto. Com o avanço da vacinação dos profissionais de educação e a queda de casos de Covid-19 no país, 24 unidades da federação receberão os alunos em suas escolas no próximo mês. Em maio, apenas 12 tinham retomado as aulas.

Acre e Paraíba planejam a retomada presencial das atividades escolares só em setembro, quando os professores já deverão ter recebido a segunda dose da vacina. Roraima é o único estado que ainda não tem previsão de retorno presencial. Um dos países com maior tempo de escolas fechadas durante a pandemia, o Brasil vive movimento inédito da retomada presencial do ensino em todas as regiões. Ainda assim, são poucos os estados que planejam receber os alunos todos os dias em sala de aula.

Apenas 13 estados não estabeleceram limite de atendimento de estudantes nas escolas. Mesmo esses governos, que não estipularam regra, têm orientado as unidades a fazer esquema de rodízio de turmas. A avaliação é de que a confiança das famílias no retorno presencial ainda é baixa. Estabelecer limites gerais pode impedir o retorno de alunos que querem voltar às aulas presenciais.

Depois de ter passado o primeiro semestre letivo de 2021 com atendimento de apenas 35% dos alunos, o governo de São Paulo decidiu acabar com os limites de ocupação a partir de agosto. Com a regra anterior, as particulares ficavam impedidas de atender todas as famílias que queriam enviar seus filhos. Nas públicas, havia baixa adesão.

O governo do Espírito Santo também decidiu acabar com os limites. Antes, o estado estipulava percentuais para cada fase da pandemia. O mesmo foi feito em Santa Catarina e Paraná. “A decisão de reabrir as escolas é muito importante, mas ainda é um primeiro passo. É preciso convencer e transmitir segurança às famílias. Ter um limite de atendimento ou optar por só retornar para algumas séries pode deixar de fora quem já está confortável em voltar”, diz Claudia Costin, da FGV.

O grupo Juntos Somos Mais Fortes, composto por entidades e sindicatos que representam os professores e os profissionais da Educação, acham prematuro o retorno às aulas. Veja aqui a decisão.