Foto: Freepik

Um projeto da Universidade de São Paulo (USP) iniciado em São Carlos nesta segunda-feira (20) pretende aumentar a presença de pessoas negras e pardas no mundo da pesquisa científica. A proposta, que ganhou destaque na última edição do Jornal Nacional, da TV Globo (confira aqui a matéria), consiste em, uma vez por semana, alunos pretos e pardos do ensino médio de escolas públicas da cidade frequentarem o campus da USP. Além das atividades práticas em laboratórios, os estudantes têm aulas de reforço na universidade, como em um cursinho pré-vestibular.

A USP tem cerca de 17,7 mil alunos de graduação e pós-graduação que se declaram pretos ou pardos. Eles representam 20% dos matriculados, segundo matéria do Jornal Nacional. Já entre os mais de 5 mil professores, apenas 121 são pretos e pardos, pouco mais de 2% do total.

“É uma nova chance d’a gente conseguir ter um lugar de fala, um lugar na universidade”, contou a estudante Vanessa Grandin à TV Globo.

“Trazer os negros para dentro da universidade é essencial para que você ofereça o mesmo grau de oportunidade que eles, muitos deles, não tiveram. É essencial que tenham não só oportunidade, mas também tragam para dentro da universidade a diversidade”, acrescentou o coordenador do projeto, professor Antônio Carlos.