A adolescência é uma fase de mudanças. Com ela, vem a curiosidade de experimentar novas sensações. Muitas vezes, é um período de riscos, quando ocorrem os primeiros contatos com drogas ilícitas, como o cigarro e as bebidas alcoólicas, e, até mesmo, com aquelas que são proibida, como a maconha, a cocaína, o ecstasy e o crack, dentre outras. Pesquisa da Unesco, realizada em 13 capitais brasileiras, incluindo São Paulo, mostra que 23% dos estudantes dizem haver drogas na escola; esse percentual é duas vezes maior do que respondeu o corpo técnico pedagógico (10,8%) e bem acima do que os pais disseram (3,4%). Outro estudo, da Unifesp, aponta que boa parte dos jovens tem facilidade para comprar drogas. Os dados, estarrecedores para muitos pais, demonstram o perigo que ronda os adolescentes.

O uso de drogas ameaça o futuro dos jovens. Existem pesquisas que mostram que o consumo de bebidas alcoólicas nessa fase da vida é um dos fatores preponderantes para graves problemas na vida adulta, já que a utilização antes dos 16 anos eleva a chance de o adulto se tornar dependente.

Para trabalhar a conscientização entre estudantes universitários sobre o problema, o CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola), em parceria com a Senad (Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas), realiza a Campanha Nacional sobre Drogas, que leva renomados especialistas a discutir temas relevantes com estudantes, pais e professores nas universidades. Eles apresentam palestras relacionadas ao consumo de entorpecentes e drogas lícitas, com ênfase em informações científicas sobre os efeitos e os riscos do uso. Uma oportunidade rara para os jovens tirarem dúvidas sobre um assunto tão pertinente. No dia 11 de setembro, o seminário será realizado na Universidade Mackenzie , em São Paulo.

Com informações atualizadas, o CIEE acredita contribuir para a conscientização dos estudantes, um passo importante que pode ser usado na profilaxia de uma das demandas sociais mais graves nessa faixa etária. Enquanto as grandes cidades não conseguem controlar o consumo de crack pelas ruas nem inibir o tráfico de entorpecentes que ronda as escolas, levar o conhecimento aos jovens é um alento para que no futuro próximo, possamos ler nos jornais, nas revistas ou na interne estatísticas bem mais positivas que as atuais.

Ponto de visa de Luiz Gonzaga Bertelli, é presidente -executivo do Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE, da Academia Paulista de História – APH e Diretor da FIESP.

SECOM/CPP