O secretário municipal de Educação de São Paulo, Bruno Caetano, afirmou em entrevista à CNN nesta segunda-feira (7) que a prefeitura da capital paulista não autorizou o retorno às aulas presenciais por ainda não ser seguro. O governo de São Paulo estima que 128 das 645 cidades do estado vão retomar as aulas presenciais parcialmente – para atividades extracurriculares e reforço – a partir de hoje (8).

Segundo Caetano, a prefeitura da cidade aguarda um inquérito sorológico que será concluído no dia 20 deste mês para permitir as aulas presenciais nas instituições públicas e privadas. “A partir daí tomaremos a decisão para garantir segurança aos educadores, às famílias e à sociedade”, disse.

Os critérios utilizados para o retorno serão a taxa de contaminação e transmissão do vírus na cidade e o número de óbitos. “Quando tivermos segurança de que esses números estão caindo será seguro para todos nós abrirmos as escolas”, afirmou Caetano.

O retorno efetivo das aulas, dentro do calendário escolar, está previsto para ocorrer em 7 de outubro. De acordo com o secretário, as instituições estão sendo organizadas para que isso ocorra: estão trabalhando para que sejam totalmente higienizadas, que haja máscaras disponíveis para todos, além de terem contratado mais de 3 mil novos educadores.

“Na rede municipal de ensino, cerca de 3 mil educadores têm mais de 60 anos, e a gente sabe que eles não poderão retornar aos trabalhos presenciais antes da vacina”, disse.

Caetano ainda falou que quando as aulas forem retomadas, serão aplicadas provas para saber exatamente o que cada estudante aprendeu. “Para que a gente possa fazer um trabalho intensivo ainda em 2020, mas também e principalmente em todo o ano de 2021”, concluiu.

O Ministério da Saúde confirmou nesta segunda um total de 10.273 novos casos e de 310 novas mortes em decorrência da Covid-19. Com isso, o país acumula 4.147.794 casos e 126.960 mortes.

São Paulo continua sendo o estado com o maior número de casos confirmados no Brasil: 857.330 mil diagnósticos e 31.377 mil mortes pela doença.

 

Fonte: CNN Brasil