Depois de 116 dias de greve, a maior paralisação da história da USP, os servidores retornam ao trabalho nesta segunda-feira (22). As aulas, também. Na última sexta-feira, cerca de 500 pessoas, segundo organizadores, participaram da assembleia organizada pelo Sintusp (sindicato dos trabalhadores da USP), na Cidade Universitária. Vestindo camisetas com os dizeres “Eu lutei, venci”, funcionários decidiram aceitar o acordo proposto pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região) de reajuste salarial de 5,2%, dividido em duas parcelas, além de abono de 28,6%. O valor do abono é referente ao reajuste desde maio, data-base da categoria.
O acordo também prevê a reposição de uma hora de trabalho ao dia, por no máximo 70 dias. Segundo o TRT, cabe à cada unidade organizar a forma como o trabalho será reposto, se necessário. A reposição das horas e a concessão de abono eram os principais impasses para o fim da greve, que iniciou em 27 de maio. Segundo a USP, a reorganização do calendário de aulas dependerá de cada unidade – a paralisação atingiu apenas alguns setores. Os cursos de Educação, Filosofia e a Escola de Comunicação e Artes foram alguns dos que tiveram aulas suspensas.
Secom/CPP