A  Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade) realizou uma série de  estudos que mostram tendências de inserção no mercado de trabalho de segmentos específicos da população. O primeiro focaliza os jovens de 16 a 24 anos.

 

O estudo aponta que o número de jovens que adiam a entrada no mercado de trabalho aumentou – a proporção de jovens com idade entre 16 e 24 anos que só estudam pulou de 6,8%, no biênio 1986-1987, para 15,4%, no período de 2012 e 2013. Entretanto, a taxa de participação no mercado de trabalho caiu de 79,6%, em 1986, para 74,2%, em 1999, e 72,9%, em 2013.

 

O adiamento da entrada no mercado de trabalho está associado a uma maior frequência à escola e ao aumento do nível de escolaridade, aponta o estudo comemorativo dos 30 anos da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), na região metropolitana de São Paulo.

 

Praticamente a metade dos jovens de 16 a 24 anos (48,6%) só trabalhavam no período de 1986 a 1987, taxa que diminuiu para 39,1%, entre 2012 e 2013. A redução também é expressiva na faixa entre 16 e 18 anos (de 31,4% para 14,1%). A queda da parcela de jovens de 16 a 24 anos que não estudam nem trabalham (de 14,9% para 11,5%) também é relevante.

 

O percentual de jovens que só estudavam, entre 1986 e 1987, era bem menor entre os que tinham renda familiar baixa (6,1%), em relação aos de renda mais elevada (11,3%). Hoje, essa diferença caiu drasticamente – 17% entre os mais pobres e 19,8% entre os mais ricos. No período apontado 7,2%  eram homens – entre 2012 e 2013, a proporção aumentou para 13,9% com predomínio na faixa etária de 19 a 21 anos. O estudo atribui esse fato à convocação para o serviço militar obrigatório e também ao desalento em relação aos estudos e ao trabalho.

 

Secom/CPP