Ex-diretora da Educação diz ter recebido ligações de ex-assessor de Capez; investigação apura propina em máfia para obter contratos com o governo
A bancada do governo que integra a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga na Assembleia Legislativa de São Paulo a existência de uma máfia da merenda no governo e prefeituras do estado de São Paulo, abandonou o plenário durante depoimentos nesta quarta-feira (9). O fato ocorreu pelo segundo dia seguido.
Os parlamentares que apoiam o governador Geraldo Alckmin (PSDB) deixaram o plenário durante o depoimento de Marilena de Lourdes Silva, ex-diretora de um órgão da secretaria de Educação e que barrou contratos da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) com a pasta. A Coaf é investigada pelo Ministério Público por ter formado uma rede de propina para obter contratos junto a prefeituras e ao governo do estado para vender o suco de laranja orgânico para a merenda.
Além de Marilena, mais dois ex-funcionários da pasta prestarão depoimento na CPI, que foi adiada para mais 30 dias. Marilena afirmou que se sentiu frustrada com a situação da retirada dos parlamentares durante o depoimento. Ela interrompeu a entrada da Coaf nos contratos da secretaria em 2013 e disse que recebeu várias ligações de Jeter Rodrigues, ex-assessor do deputado Fernando Capez, presidente da Assembleia Legislativa. Jeter pedia, afirma Marilena, que os contratos com a Coaf fossem viabilizados.
Capez nega as acusações e disse que nunca teve relações com a Coaf. Dois de seus ex-assessores são investigados pelo Ministério Público por supostamente terem recebido recursos ilícitos no esquema.
A bancada do governo disse que deixou o plenário porque a oposição estava procurando “coisas pequenas” no depoimento dela. Já a oposição disse que buscava se aprofundar nas investigações. O presidente da CPI diz que buscará um acordo para que as sessões não voltem a ser interrompidas devido a discussões entre os parlamentares.
Na terça-feira (8), a CPI decidiu prorrogar os trabalhos por mais 30 dias. O ex-presidente da cooperativa Coaf, Cassio Chebab, vai ser ouvido de novo. A previsão era concluir a CPI no dia 16 deste mês, mas ela foi prorrogada até 16 de dezembro.
A oposição queria 60 dias, mas como é minoria foi obrigada a aceitar um prazo menor. Os deputados também aprovaram os pedidos de quebra do sigilo bancário e fiscal do advogado Fernando Carlomagno, que tinha ligações com a Coaf, e do sigilo bancário de Camila Chebab, mulher do ex-presidente da Coaf.
Os deputados também repercutiram a reportagem que foi ao ar no Bom Dia São Paulo, que mostrou as movimentações nas contas de Jeter Rodrigues e de José Merivaldo, que são ex-assessores do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Fernando Capez (PSDB). Na conta de Merivaldo, o Ministério Público encontrou depósitos anormais de R$ 500 mil.
Fonte: G1
ABUTRES TRASVESTIDOS DE TUCANOS !!!!!
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