Escolas particulares de São Paulo divulgaram comunicados nesta semana com a intenção de acalmar as famílias de alunos e comunicar medidas de segurança diante da série de mensagens e vídeos sobre supostos planos e ameaças de atentados que têm circulado nas redes sociais. Os colégios têm falado ainda sobre ações pedagógicas e de atenção à saúde mental desenvolvidas par prevenir violências. Os e-mails enviados aos pais também pediam para que não compartilhem mensagens sem comprovação de veracidade e que monitorem o uso das redes sociais dos filhos.

Especialistas alertam que só barreiras de segurança não são suficientes e reforçam que ações em prol da convivência pacífica sejam parte dos projetos pedagógicos das escolas. “O principal investimento deve ser em identificar conflitos, bullying e lidar com eles, fortalecendo a estrutura escolar e a capacidade dos professores e equipe técnica para isso, além de trazer apoio para a saúde mental dos trabalhadores e estudantes”, aponta nota técnica do Instituto Sou da Paz.

Nesta semana o jornal O Estado de São Paulo divulgou que apurou que, em várias escolas, coordenadores e diretores discutiram o assunto com os adolescentes porque muitos já haviam tido contato com boatos nas redes sociais. O Colégio Santa Cruz, na zona oeste de São Paulo, informou que ampliou “as medidas de segurança interna no câmpus e nas portarias” e pediu “a compreensão de todos, pois eventualmente, poderá haver atraso na entrada e na saída de alunos”. A escola ainda reforçou que os professores estão atentos para discutir o tema com alunos e que a “escola é um importante espaço de convívio e de educação para uma cultura de paz em nossa sociedade”.

O Colégio Bandeirantes, no Paraíso, zona sul, afirmou que entendia “o temor e a preocupação” e que “a fim de garantir proteção da comunidade” reforçou “medidas de segurança”. O Rio Branco, na região central, mandou comunicado sobre parceria com uma consultoria de segurança e o “controle rigoroso de acesso à escola” com exigência de crachá e biometria. E ainda que as atividades e eventos terão “rigoroso controle de acesso às instalações”. Já o Colégio Mackenzie, também na região central, afirmou que a entrada no câmpus está limitada a estudantes, professores e pais cadastrados. Disse também que os “´postos de segurança em todo o perímetro” seriam reforçados. Em Barueri, na Grande São Paulo, o Colégio Chalupe informou que faz “monitoramento 24 horas com 32 câmeras internas e externas” e que há “presença de profissionais de segurança em rondas internas e ostensivamente nas saídas e entradas de alunos”. A escola também pede aos pais que “monitorem as redes sociais de seus filhos” e notifiquem o colégio sobre agressões”.