No próximo domingo, 5, cidadãos de todo o País participarão das eleições majoritárias, escolhendo, por meio do voto, representantes para os cargos de Presidente da República, governador de estado e Distrito Federal, senador e deputados federal e estadual.
Um dos temas de maior destaque em debates políticos – e vista como base para um futuro melhor -, a educação está presente nas propostas de governo de candidatos à presidência e aos governos estaduais.
Assim, reconhecendo a importância do conhecimento como melhor meio para a decisão do voto, o Centro do Professorado Paulista – CPP – reuniu as ideias centrais para a educação dos candidatos à presidência das eleições 2014. Confira, abaixo, quais são.
Candidatos à Presidência da República
Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo Partido dos Trabalhadores (PT): defende transformação na qualidade do ensino, destinando recursos originários da exploração do petróleo para a área. A candidata à reeleição reforça ainda prosseguimento do Plano Nacional de Educação (PNE), a ampliação de creches e rede de educação integral para que esta atinja, até 2018, 20% da rede pública. Por fim, se compromete a ofertar mais 100 mil bolsas do Ciência sem Fronteiras, promover mudança curricular e na gestão das escolas e valorizar a carreira dos professores.
Aécio Neves, candidato pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB): pretende universalizar a educação básica, dos 4 aos 17 anos, criando incentivos para melhorar a formação, a carreira e a remuneração dos professores. Ele sugere a vinculação da remuneração à melhoria na aprendizagem dos alunos, com salário inicial mais chamativo e uma política nacional de formação de educadores. A escola de tempo integral também é bandeira do tucano, além da eliminação do ensino no período noturno para jovens que não trabalham, a modernização de equipamentos em escolas e o aprimoramento do Enem.
Marina Silva, candidata pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB): promete reformular o ensino público a partir de modificações curriculares e no formato das escolas. Tem o objetivo de combater o analfabetismo e reduzir o analfabetismo funcional. Quer transformar o programa Mais Educação em política de Estado de educação integral para toda a educação básica, investir na infraestrutura de escolas, construção de novas unidades e formação contínua de profissionais da área, sob parceria com universidades. O uso de tecnologia como método diferente de ensino é igualmente defendido.
Levy Fidélix, candidato pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB): aposta na informatização de escolas, da alfabetização ao ensino médio, com internet e banda larga em todos os municípios. Alimentação de qualidade é outra proposta do candidato, além da reestruturação de cargos e salários.
Luciana Genro, candidata pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL): afirma que vai ampliar gradualmente os investimentos em educação, limitando o repasse para instituições privadas a fim de universalizar o acesso a todos os níveis de educação. Apoia a garantia do piso de professores de forma integral, impedindo repasse de recursos para municípios que descumpram o teto acordado. Pretende aumentar o número de universidades públicas, destinar riquezas da exploração do petróleo majoritariamente para a educação e erradicar o analfabetismo.
Eduardo Jorge, candidato pelo Partido Verde (PV): o plano do candidato engloba saúde e educação como áreas prioritárias de investimentos. Propõe reforma tributária para melhor remanejamento de recursos. Sugere a criação de carreira nacional para professores, a começar pelo ensino fundamental, definindo piso que possa ter adicionais municipais, estaduais ou federais. Quer rever o currículo do ensino fundamental, incluindo disciplinas de valores do trabalho, solidariedade, respeito à diversidade, observação da natureza e música e ampliar concursos para valorizar os profissionais.
Eymael, candidato pelo Partido Social Democrata Cristão (PSDC): tem o objetivo de investir no ensino fundamental para que o país se enquadre nas recomendações da Organização das Nações Unidas. Deve ampliar a educação inclusiva, informatização de escolas, ensino integral e ampliação de oferta de cursos técnicos e profissionalizantes. O plano traz ainda a inclusão de disciplinas de educação moral e cívica, além da valorização dos professores.
Mauro Iasi, candidato pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB): vai priorizar a educação pública, gratuita e de qualidade para todos. Ele acredita que a educação foi sucateada e defende a “desmercantilização” do setor.
Pastor Everaldo, candidato pelo Partido Social Cristão (PSC): visa à descentralização da gestão, com mais participação da iniciativa privada e melhoria das disciplinas de matemática e português. Estimula a participação da família nas escolas e a expansão do Programa Universidade para Todos (ProUni).
Ruy Costa, candidato pelo Partido da Causa Operária (PCO): deseja priorizar o ensino público, laico, em todos os níveis. Pretende estatizar as escolas privadas e o fim da municipalização do ensino, colocando o controle das escolas nas comunidades. Promete ainda acabar de vez com a aprovação automática, reduzir número de alunos por sala e fixar piso para professores – não menos que R$ 5 mil.
Zé Maria, candidato pelo Partido das Lutas e Socialismo (PSTU): defende os 10% do PIB para a educação e aplicação do PNE.
Secom/CPP