O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve autorizar nesta terça-feira (5) a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Ministério da Educação (MEC) para investigar a existência de um gabinete paralelo na pasta. A oposição espera começar a apuração, com audiências, convocações e quebras de sigilo, em agosto, do mesmo mês de início da campanha eleitoral, tendo o presidente Jair Bolsonaro (PL), como alvos das diligências. Já governistas querem adiar o funcionamento da comissão para depois das eleições, na tentativa de evitar desgastes ao Planalto.

A CPI vai investigar esquema de distribuição de verbas sob ordem dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, que intermediavam encontros com prefeitos e supostamente cobravam propina em troca de liberação de recursos para prefeituras com a anuência do então ministro da Educação Milton Ribeiro. Os três foram presos pela Polícia Federal em 22 de junho e liberados por decisão da Justiça um dia depois.

O presidente do Senado prometeu ler o requerimento de instalação no plenário, depois desse encontro. Senadores ainda podem acionar ou retirar assinaturas do documento até a meia-noite. O trabalho da CPI só começa efetivamente após indicação de seus integrantes pelos líderes dos partidos. Pelos cálculos da oposição, os membros serão indicados até o próximo dia 15, mas, como o Congresso entrará em recesso, a comissão só vai escolher presidente, relator e iniciar as reuniões ema agosto.

Fonte: O Estado de São Paulo