Fachada do MP-SP/Divulgação

Entidade apela para que aulas continuem remotamente; governo fala em reabrir escolas em 7 de outubro

 

O Centro do Professorado Paulista protocolou nesta semana (4) um apelo junto ao Ministério Público do Estado de São Paulo para que as aulas presenciais não sejam retomadas em breve. A entidade solicita que o MP-SP, por força do Poder Judiciário, suspenda a reabertura de escolas, mantendo o ensino remoto até que se perceba controle de fato da situação da pandemia no estado. Atualmente, a doença ainda se espalha nas mais diversas regiões paulistas, o que coloca professores e estudantes em risco, além de toda a comunidade escolar.

Nesta sexta-feira, o governador João Doria (PSDB) anunciou que as aulas presenciais devem voltar em 7 de outubro. Ele adiou em um mês a previsão de retomadas das atividades da Educação no estado, até então previstas para 8 de setembro.

No documento enviado ao procurador-geral da Justiça de SP, Mário Luiz Sarrubo, o CPP considera ser precipitado o retorno às aulas porque muitas escolas carecem de infraestrutura adequada e manutenção de pessoal para medidas de distanciamento social e higienização constante. “Não há como evitar aglomerações nas unidades escolares, seja no momento da chegada ou dentro de seus muros, o que coloca em risco alunos, professores e servidores da Educação em geral”, diz o texto.

A entidade pondera que ainda não há tratamento específico e eficaz para contenção da Covid-19, fato que pode resultar em implosão no sistema de saúde. E reforça também que não aceita ser mantida à margem das discussões que envolvem diretamente seus associados, ou seja, os professores da rede pública do estado de SP. Desde o início da pandemia, a Secretaria da Educação (Seduc) não convidou o CPP e outras entidades do magistério para conversar sobre os protocolos na pandemia. 

Veja o pedido na íntegra.

Of. CPP nº 192-20 PGJ.pdf