Contrário ao retorno das aulas presenciais neste ano, o Centro do Professorado Paulista participou da Assembleia Popular da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), no último sábado (17). O CPP, na pessoa da presidente em exercício, professora Loretana Pancera, apoia as decisões da entidade coirmã, que aprovou greve sanitária em defesa da vida.

A proposta é manter professores e funcionários em teletrabalho, não comparecendo às escolas; caso haja imposição da Secretaria da Educação (Seduc) para atividades presenciais, a paralisação será geral, suspendendo todas as atividades.

A assembleia foi realizada virtualmente com professores, estudantes, funcionários de escolas, pais e mães, além de outras entidades do magistério e do funcionalismo (Afuse, CUT, UNE, Upes, Fete, Sismar. Após debate, os participantes decidiram pela greve, considerando que o Governo de SP não investiu na estrutura das unidades escolares. 

Foram organizadas reuniões por blocos, na capital, Grande São Paulo e interior, para permitir melhor debate das propostas. De acordo com a Apeoesp, os participantes reafirmaram que a prioridade é a defesa da vida e que, portanto, impor a volta às aulas presenciais em plena pandemia é uma atitude irresponsável e criminosa. “Voltar às escolas, somente com a plena garantia de que professores, estudantes e funcionários não estejam expostos à contaminação”, diz o boletim da entidade.

Em caso da ocorrência de contágio ou óbitos decorrentes da volta às escolas durante a pandemia, todos os governantes e agentes públicos que tenham contribuído com suas decisões para essas ocorrências serão responsabilizados.

Desde o início da pandemia, as entidades cobram diálogo com o governo para encaminhamentos sobre o retorno das aulas. O CPP enviou diversos ofícios à Seduc solicitando audiência com o secretário Rossieli Soares, que não respondeu a nenhum pedido.