Postulantes ao Palácio dos Bandeirantes não aceitaram convite para ciclo de entrevistas
O Centro do Professorado Paulista entregou aos candidatos a governador do estado de São Paulo, em mãos, um convite para um ciclo de entrevistas que a entidade se propôs a realizar. Os ofícios foram registrados em junho, cujo objetivo era debater questões relativas à educação. Na ocasião, o CPP pediu aos associados, por meio de seus veículos de comunicação (Portal, Facebook, Twitter e Instagram), que encaminhassem sugestões de questionamentos para os postulantes ao Governo do Estado de São Paulo.
A intenção da entidade era entrevistar os candidatos mais bem colocados em pesquisas de intenção de voto, sendo eles, por ordem decrescente: Fernando Haddad (PT), Tarcísio de Freitas (Republicanos). Como entidade representativa de cerca de 120 mil associados, uma das maiores do magistério na América Latina, o CPP tem o propósito de continuar trabalhando em prol da valorização dos professores e profissionais da educação.
Às vésperas de um pleito eleitoral, levar informação de qualidade para os professores é parte deste trabalho em favor do magistério. Políticas públicas educacionais, do salário de docentes à manutenção de escolas, afinal, dependem de governantes legitimamente escolhidos pelo povo. Logo, propostas de candidatos são de interesse público.
Apesar de todo o esforço do CPP no sentido da conscientização política, não foi possível seguir com o ciclo de entrevistas. A entidade agradece aos associados que participaram em massa do projeto e, em respeito à confiança depositada a cada envio de perguntas, torna pública a lista com os principais questionamentos em pauta.
Veja abaixo os temas que mais interessam aos professores e tente identificar candidatos que se comprometam com tais ideias.
1 – Qual o valor da hora-aula?
2 – Qual a sua proposta para um verdadeiro Plano de Carreira que, de fato, valorize o magistério?
3 – O senhor pretende reajustar anualmente o salário dos profissionais da Educação?
4 – Qual é o seu plano de recuperação do poder aquisitivo desses profissionais, perdido nas últimas décadas?
5 – O senhor pretende revogar o “confisco” das aposentadorias e pensões, instituído pelo governo Doria?
6 – O senhor pretende abrir concursos públicos para os quadros do magistério e de apoio?
7 – O senhor pretende preencher os módulos das escolas estaduais?
8 – O senhor pretende cumprir a Lei do Piso, inclusive garantindo os HTPs?
9 – Qual é a sua posição sobre a municipalização do ensino?
10 – Seu governo irá garantir a contrapartida do Estado quanto ao financiamento do Iamspe?
11 – Como o senhor pretende melhorar a qualidade do ensino, tirando São Paulo de sua ridícula posição nacional e alçando-o ao primeiro lugar? Qual é seu plano?
12 – Como o senhor pretende recuperar os conteúdos curriculares, os dias letivos e a carga horária perdidos na pandemia?
13 – Sendo São Paulo o estado mais rico da federação, por que motivo o salário do professor não é o mais alto do país? Qual será o salário-base do magistério na sua gestão?
14 – De quais alíneas do orçamento anual sairão os recursos para viabilizar seus compromissos assumidos nesta entrevista?
Me responda por favor.Esta pergunta deveria ser feita agora antes das eleições os professores direcionaram seus votos.Cobre desses candidatos e mencione nossas abonadas que foram retiradas e as faltas aulas,a questão de um atestado por mês e vale alimentação, todos deveriam ter independente de quanto ganha.Por favor nos represente.
CPP: encaminhado à Presidência. Aguarde retorno por e-mail.
Perguntas que faria? Não seria que fará aos candidatos ao governo de SP? O sindicato tem obrigação de nos representar. Inclusive perguntando sobre plano de carreira,as abonadas que foram retiradas as faltas aulas.vale alimentação pra todos etc.Por favor né. Pagamos as mensalidades que não é barata certo.
CPP: encaminhado à Presidência. Aguarde retorno por e-mail.
Mas e então? Desistiram de fazer as perguntas aos candidatos? Como uma entidade representativa de classe, os senhores precisam, nem que seja, enviar por escrito e exigir uma resposta. A sensação que fica para nós professores é de que estamos sempre falando para o vento e ninguém nos ouve. Afinal, toda vez que mudam as leis, os sindicatos só se pronunciam depois que já foram feitos os acordos e a primeira votação. Só somos informados e chamados a protestar e paralisar quando já não tem mais o que fazer.
Eu perguntaria paro Tarcísio quais cidades ele conhece do Estado de São Paulo. E o que ele acha das atuações das milícias e do tráfico no Rio de Janeiro – que ele conhece tão bem.
O Brecht que o criou o conceito de ” Analfabeto Político””. Lendo algumas coisas tão estranhas, saúdo Brecth!!!
Estas atitudes deles acabam nos mostrando os limites da democracia na visão dos candidatos que querem o nosso voto, e não estão dispostos a se exporem junto a nós por orientação dos marketeiros de plantão. E dos seus assessores políticos que estão os aconselhando na campanha.
Tal dependência deles os leva a estas atitudes que críticamos, professor e professora do estado são bons eleitores, e replicadores de votos. Este mesmo comportamento não e comum junto aos postulantes ao poder legislativo, que vão no corpo a corpo, e usam o olho no olho para serem bem votados.