Foto: turma e professores

Instituto Sud Mennucci reforça, mais uma vez, objetivo de formação de professores com qualidade


Realizado entre 30 de julho e 3 de setembro, no Instituto de Estudos Educacionais Sud Mennucci, o Curso Preparatório de Diretor de Escola para Concurso obteve significativa aprovação de alunos. Com temas que discorreram sobre Legislação Geral e Legislação Específica, conforme Resolução SE nº 52/13, além de Inclusão Social, o curso presencial foi avaliado pelos alunos como ferramenta de formação para a vida profissional, não apenas para desenvolvimento satisfatório em seleção de concursos públicos.
 

O Instituto Sud Mennucci, criado em 1997, tem histórico de atuação na qualificação profissional e cultural do educador. Ao longo dos anos, ofertou cursos, palestras e seminários que contribuíram para a formação do professor. Profissionais da ativa que participam dos eventos obtêm apoio para as atividades escolares, o que faz do Sud Mennucci o centro pedagógico do CPP, sob direção da professora Aurora Fioretti Novais.
 

Para Maria Aparecida Andrade Araújo, vice-diretora na Diretoria de Ensino Guarulhos Norte, Escola Deputado Cantidio Sampaio, o curso auxilia principalmente no dia a dia na escola. “O reflexo é positivo na unidade em que atuo, porque podemos compartilhar os aprendizados. Hoje, sinto-me mais segura, pois tenho os esclarecimentos da legislação, ou seja, sou outra gestora no sentido de orientar como é uma escola de qualidade”, disse.
 

A formação buscou aprofundar, entre vários temas, os conhecimentos do futuro diretor de escola no que diz respeito às leis que regem a função do cargo. A Legislação Geral abrangeu a educação nacional por completo, como Constituição Federal, Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e outros; a Legislação Específica tratou da atividade de diretor em âmbito estadual e municipal – decretos e portarias, por exemplo.
 

“Mesmo que não passe no concurso este investimento tem a grandeza da aquisição de conhecimento para atuar na minha área. Sou gestora e o conteúdo ajuda a lidar com professores, servindo de ponte para a formação continuada. Saímos daqui com embasamento legal, que pode ser usado independentemente do cargo ocupado”, concluiu Adelina Bispo dos Santos, da Escola Sophia Maria Januaria Amaral (região de Itapecerica da Serra), que faz cursos de aperfeiçoamento do CPP desde 1998.
 

O corpo pedagógico chamou atenção para a complexidade dos temas discutidos acerca da legislação, uma vez que o professor, embora não tenha a prática da atividade de direção, necessite absorver o conteúdo (resoluções, decretos etc.). 
 

Na percepção da professora Silvia Ferrari, alguns conceitos são particularmente difíceis não pela ideia geral de um autor, mas porque alguns saberes precisam ser trabalhados previamente para pleno entendimento de um assunto. Ela considera, entretanto, que a barreira tende a ser superada quando o candidato ao concurso de diretor estabelece relação entre o que ele estuda no curso e a prática do dia a dia em sala de aula.
 

“Entender que ser diretor é transportar para a escola normas e diretrizes em ações concretas é o que vai fazer diferença na função”, observa Silvia, sugerindo a importância da relação teoria-prática. Ela finaliza que toda escola é pensada especificamente para o aluno, isto é, que a direção trabalha para os estudantes. “Ao diretor compete a ideia de resultado. E resultado é medir quanto o aluno aprende do momento que entra ao momento que sai da escola. Ser bom diretor é estar atento a isso.”
 

Outro assunto de destaque foi Ler e Escrever. A ideia é que o conceito não seja específico da área de língua portuguesa, mas sim de todas as áreas de conhecimento. Não basta saber apenas o sistema de escrita alfabética. Há longo percurso com prática de linguagens, tanto oral quanto escrita, que precisam ser trabalhadas dentro da escola. O diretor, na condição de articulador, precisa estimular esta reflexão sobre leitura e escrita.
 

A professora Maria Nunes Bezerra, também sobre o papel do diretor, reforça a atuação democrática. “O diretor não deve ter apenas olhar administrativo. Ele precisa articular o projeto político-pedagógico da escola. Tem que estar preparado para resolver conflitos e administrar a escola a partir da participação conjunta. Um exemplo é o Conselho de Escola, que normalmente o ajuda. Gestão democrática beneficia a todos, principalmente alunos e famílias. Mas o diretor precisa estar aberto e saber ouvir”, sugeriu.
 

Educação Especial 

Em 2001, por meio da Resolução nº 2 do Conselho Nacional de Educação, diretrizes para a Educação Especial na Educação Básica foram adotadas, o que sustenta o programa de Inclusão do Curso Preparatório para Diretor de Escola.
 

Segundo a professora Adriana Sapede Rodrigues, diretora da EMEBS (Escola Municipal de Educação Bilíngue para Surdos) Anne Sullivan, o tema discutiu o direito de aprendizagem, igualdade de oportunidades, acessibilidade, entre outros. Para ela, a condução de uma escola inclusiva requer crença pessoal de que todas as crianças podem aprender.
 

“O candidato a diretor deve saber que a política de educação especial tem como objetivo o acesso, participação e aprendizagem de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades nas escolas regulares”, afirmou, enfatizando que o gestor é o responsável para que a inclusão ocorra na escola. “É um compromisso de proporcionar igualdade de oportunidades para todos.”

Imagens diversas do Instituto
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