Pelo visto  o problema da Educação na maior cidade da América Latina está na péssima  escolha do secretário da Educação paulistana. Recém-nomeado secretário da Saúde, David Uip acena com salários entre R$16 a R$20 mil para médicos que farão concurso para uma jornada de 40 horas semanais.

Os médicos merecem, pois já foram muito maltratados.  Desde a era Orestes Quércia até a data de hoje a Educação vem sendo negligenciada pelos governos paulistanos.

Tive conhecimento de que os cursos de Pedagogia que atualmente não atraem quase ninguém para o oficio de ensinar, os estudantes estão tendo aulas de Português porque o nível dos universitários é de quinta série. Se com os futuros professores que em breve frequentarão uma sala de aula a situação é precária, dá para imaginar o nível dos alunos não é?

Por que o aluno das  boas escolas particulares  aprendem?  Porque os professores têm toda assessoria pedagógica, condições dignas de trabalho e são muito bem pagos. Pobre do país que relega a educação a segundo plano,  está enterrando de vez o progresso e a oportunidade de caminhar para o primeiro mundo.  Submeter um professor a trabalhar por 40 horas semanais, sem condições estruturais, onde a violência chegou à sala de aula e muitos professores até apanham dos alunos, para no final do mês receber um misero salário, cerca de R$1.000,00 é chamar o professor de trouxa.

O professor não quer apenas ganhar bem, ele quer ser respeitado e o governo por sua vez deveria fazer concursos públicos e exigir boas aulas, os alunos não podem ser cobaias a vida inteira dessa política perversa que privilegia o rico e ignora os pobres. 

Em 2014 teremos nova eleição para o governo de São Paulo, o candidato que tiver uma proposta de valorização para os professores e para a educação ganhará a eleição. Hoje em dia dizer que é professor é motivo de vergonha, pois muitas pessoas chegam a ter pena do professor.

O professor de escola pública está desmoralizado e  doente, muitas escolas estão sem   professores até hoje. Até quando vamos suportar o  velho discurso conhecido de toda a sociedade: o professor finge que ensina, o governo finge que paga e o aluno finge que aprende? Já passou da hora de aparecer um revolucionário que queira dar uma virada na educação desse país. A quem interessa um país de analfabetos? Aos governos, pois dirigir uma massa de ignorantes é mais fácil, custa pouco e sobra mais dinheiro para a corrupção.

Opinião assinada pela professora Izabel Avallone