Conteúdo hospedado no site da iniciativa reúne vídeos e indicações de leitura sobre temas relacionados ao bioma pantaneiro
A iniciativa ‘Documenta Pantanal’, antenada às possibilidades de dar prosseguimento à sua proposta de ampliar o alcance das fontes de conhecimento sobre a região e seu ecossistema mesmo em tempos de pandemia, concentra forças na produção de conteúdo para suas ‘Aulas Pantaneiras’. Trata-se de um projeto de educação a distância que tem à frente o professor-doutor em Ciências Biológicas Sandro Menezes Silva. Iniciado em 2019, o a iniciativa iniciou a disponibilização de novos conteúdos neste mês de junho no site.
As aulas consistem em pequenos vídeos – que variam entre um e dois minutos de duração –, os quais são lançados na plataforma digital com suporte de texto acompanhados das fontes das pesquisas utilizadas. Com linguagem simples, Menezes introduz assuntos pertinentes à região a partir da premissa de que a iniciativa ‘Documenta Pantanal’, que, desde o ano passado, mobiliza a atenção do público por meio de mostras fotográficas, filmes, vídeos e apoios e produção de livros para a urgência em se conhecer e preservar este patrimônio natural.
De acordo com o especialista, “no atual contexto de isolamento social gerado pela pandemia da Covid-19 temos notado que várias escolas têm dado continuidade a suas atividades a partir de ferramentas de educação a distância, inclusive demandando pesquisas em diversos campos aos seus alunos. Desta forma, as ‘Aulas Pantaneiras’ podem assumir uma função importante enquanto fonte para estes estudos e, para além do ambiente escolar, a ferramenta pode servir outros setores da sociedade, como jornalistas e demais geradores de conteúdo”.
Entre outras utilidades, Menezes e o time do Documenta Pantanal buscam extinguir a crença popular de que a região consiste apenas numa ‘grande área alagada’, mostrando que esta porção do território brasileiro pode oferecer uma grande oportunidade de aproveitamento econômico responsável por meio do turismo de qualidade, a partir de suas ricas flora e fauna, além de características bastante peculiares com relação à hidrografia e ao relevo. “A fauna do Pantanal destaca-se pelas populações expressivas de algumas espécies ameaçadas de extinção quando comparada a outras regiões da América do Sul e do mundo. Exemplificam esse fato espécies como o cervo-do-Pantanal, a onça-pintada, a ariranha e a arara-azul. Se nos atermos somente às aves, estão listadas entre seus habitantes mais de 550 espécies, dependendo do tipo de registro e a abrangência dos estudos considerados (planície, planalto ou ambos) ”.
Com acesso gratuito às aulas, os episódios gravados em 2019 e 2020 já estão disponíveis para visualização e consultas. Os temas já abordados até o momento são “O Pantanal e suas Regiões”, “Planície e Pantanal”, “Serra da Bodoquena” e “Regime de Inundação”.
DOCUMENTA PANTANAL
Registrar, documentar e valorizar a cultura e a natureza pantaneiras por meio da promoção de atividades em prol da difusão do conhecimento e da preservação. A partir dessa proposta, a iniciativa ‘Documenta Pantanal’, após um ano de atuação, reafirma seu papel de contribuir para o desenvolvimento de ações multimídias (exposições, livros, vídeos e documentários, por exemplo) que, mais do que celebrarem a beleza e a biodiversidade desse ecossistema, pretendem chamar a atenção da sociedade para a urgência em conhecer e preservar este patrimônio da Humanidade. Ao apoiar pesquisas, compartilhar conhecimentos científicos e manifestações tradicionais da cultura do Pantanal, o Documenta busca contribuir para a adoção e a valorização de uma visão de desenvolvimento sustentável na agricultura, na pecuária e no turismo de qualidade. A iniciativa reúne estudiosos, empresários, artistas e produtores para, em conjunto, alertar a sociedade para as questões primordiais desse bioma.
Acesse: documentapantanal.com.br e facebook.com/documentapantanal
SANDRO MENEZES SILVA
Professor de Ciências Biológicas e Ambientais na Universidade Federal da Grande Dourados, Sandro Menezes Silva esteve pela primeira vez no Pantanal em 1984, quando ainda era estudante de Ciências Biológicas. Desde 2005 passou a trabalhar na região, fator que permitiu que passasse a conhecê-la melhor por meio de expedições e pesquisas.