Idealizada pela ONG Repórter Brasil, ação voltada à conscientização do trabalho escravo envolveu professores e alunos da rede pública municipal de São Paulo

Um mini-documentário produzido pelo programa “Escravo, nem pensar!“, da ONG Repórter Brasil, abordou os desafios das escolas da rede municipal de São Paulo no atendimento à população migrante. Divulgado em 25 de maio, no YouTube, o vídeo mostra resultados do trabalho de formação continuada “Migração como direito humano: rompendo o vínculo com o trabalho escravo”, realizado ao longo de 2016. O projeto envolveu 330 professores nas abordagens dos temas da migração internacional e do trabalho escravo com 5.108 alunos. A iniciativa ainda alcançou 983 pessoas da comunidade extraescolar, totalizando 6.796 pessoas contempladas.

A produção audiovisual, que pode ser conferida abaixo, deu voz a alunos filhos de imigrantes e brasileiros e educadores para relatarem os desafios de se promover um ambiente multiétnico de aprendizado voltado aos direitos humanos e à integração cultural.
 

O projeto, que iniciou no primeiro semestre de 2016, teve como público direto 55 educadores de 43 escolas da capital paulista, onde há grande concentração de alunos imigrantes ou descendentes de imigrantes. A experiência foi realizada com a parceria da Secretaria Municipal de Educação (SME), por meio de seu Núcleo de Educação Étnico Racial e o apoio do Ministério Público do Trabalho.

O trabalho buscou a sensibilização e a capacitação dos educadores para desenvolver projetos sobre o direito à migração e prevenção ao trabalho escravo contemporâneo com os alunos e a comunidade. A formação apresentou aos educadores a realidade vivenciada pela população migrante em São Paulo, abordando os estigmas, preconceitos e violações de direitos sofridas, como no caso do trabalho escravo.

Os resultados do projeto atendem as metas 38 e 39 do Plano Municipal para Erradicação do Trabalho Escravo de São Paulo, que tratam da inserção do tema do trabalho escravo nos parâmetros curriculares do ensino municipal e da criação, no âmbito da SME, de projetos educacionais de enfrentamento a essa violação de direitos humanos.

Fonte: Repórter Brasil