O protagonismo da nossa Língua Portuguesa
Os participantes da 40ª Conferência Geral da UNESCO escolheram o dia 5 de maio para celebrar o idioma e a cultura de países que têm o português como língua oficial. Nós, brasileiros, e todos os países que falam o português, somos convidados a homenagear, por meio de diferentes eventos, a preservação do idioma, além de fazer com que as fronteiras linguísticas e culturais sejam ampliadas.
Nossa língua é falada por mais de 250 milhões de pessoas ao redor do mundo.
Segundo o Portal G1, “para levar o patamar de aprendizagem aos níveis de 2019, os pesquisadores estimam, com base no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que serão necessários:
– 3 anos para que os alunos do 5º ano recuperem a aprendizagem perdida em Língua Portuguesa;
– E mais de 1 ano para que os alunos do 9º ano recuperem a aprendizagem perdida em Língua Portuguesa
Para celebrar a data, o Centro do Professorado Paulista conta com a Professora Jéssica Porciúncula, do Colégio Adventista da Praia Grande, para comentar alguns pontos importantes do atual cenário da Língua Portuguesa no Brasil.
Sequelas deixadas pela pandemia a professores e estudantes à Língua Portuguesa:
A pandemia vem deixando sequela em todas as áreas e o assunto é frequente. Como professora, eu percebo que um dos pontos mais atingidos é o emocional dos alunos. Professores, colaboradores e pais precisaram se adaptar à nova realidade rapidamente. Alunos que estavam acostumados com o contato diário com seus colegas e educadores foram forçados a ficar em casa sem interação social e sem entender muito bem o que está acontecendo no mundo. Alunos que jamais apresentaram problemas psicológicos passaram a demonstrar uma timidez em frente às câmeras, baixa autoestima e desânimo.
Por outro lado, há o professor sempre tentando lutar para que o processo de ensino não diminua seu fluxo, mesmo que a preocupação com a saúde física e emocional dos seus alunos esteja sempre presente. A oralidade é tão importante quanto a escrita. Nossa língua serve para nos ajudar a se expressar, e o aluno tímido que não quer falar nas câmeras com certeza trouxe um impacto nas atividades. A ruptura no fluxo das aulas para novas adaptações certamente significa consequências que o professor deve reverter, afinal é nosso papel garantir o aprendizado. Por outro lado, vejo que existem novas plataformas de ensino surgindo que impactaram a educação e acredito que elas venham para ficar.
A professora chama a atenção para que a aprendizagem seja mais palatável e prazerosa:
O ambiente, virtual ou não, em que os alunos se sintam seguros e acolhidos. O professor precisa trabalhar para que o aluno compreenda que naquele ambiente ele pode questionar sem medo ou repressão, e para que perceba a importância do assunto tratado para a sua vida prática. Seja ele verbo, sujeito, produção textual, etc.
O afeto e a sensibilidade nunca foram tão importantes quanto neste momento que vivemos, e eles precisam estar presentes nas salas de aula. Os professores, gestores, pais e alunos precisam estar conectados e os primeiros precisam se conectar com a linguagem e momento de vida do aluno. Os educadores devem demonstrar sempre aos estudantes que eles são valorizados, que agregam nas aulas e que quem administra a classe se importa com eles.
Mídias sociais X Língua Portuguesa
Acredito que finalmente foi possível perceber que as tecnologias colaboram, e muito, no processo de ensino quando são guiadas. As mídias podem fazer parte do ensino e até mesmo colaborar em atividades e tarefas.
Muitas vezes associamos toda novidade como algo que pode distrair o aluno, mas a situação vista de maneira mais ampla mostra uma perspectiva motivadora. O aluno que em plena Copa do Mundo de 1990 distraía-se com o álbum de figurinhas dos jogadores não é diferente daquele que se distrai com seu youtuber favorito no Instagram.
Isso sempre aconteceu, e nós precisamos conquistar a atenção do aluno e fazer ele perceber que os conteúdos ensinados em classe são extremamente importantes para a vida dele. Como o gosto dos alunos, deve ser usada a favor da educação e não contra, como muitas vezes acontece.
Muito me admira um sindicato não observar a nomenclatura que foi dada aos anos de estudos. O autor da matéria se refere aos anos como series. sabemos que aqui em São Paulo estamos organizados em ciclos, não em série. Portanto não é 5º série e nem 9º série. Antes de publicarem alguma reportagem, revisem. Se um sindicato dos professores não leva em consideração as próprias nomenclaturas, quem levará?
At.te.
Alexandre.