Atualizado em 20 junho, 2023 às 15:47

O sociólogo Cesar Callegari, consultor educacional do CPP, participou nesta quarta-feira (14) de uma reunião técnica no Ministério da Educação (MEC), em Brasília, para discutir os anos finais do Ensino Fundamental. Nessa etapa da educação básica, os índices de evasão e retenção são muito altos, e isto causa parte dos problemas do Ensino Médio.

Segundo levantamento divulgado pelo movimento “Todos pela Educação” (acesse aqui o documento), em 2019 a taxa de reprovação chegou a 10,2% e a de abandono, de 1,9% no 6º ano do Ensino Fundamental.

Em sua palestra em Brasília, Callegari argumentou que, mais que construir pontes entre os anos iniciais e os anos finais do Ensino Fundamental, “temos que misturar as águas dessas duas etapas”.

“É preciso trazer para os anos finais (do Ensino Fundamental), onde há muitos professores e muitas disciplinas, a figura do docente referência para os alunos que eles estavam acostumados a ter nos anos iniciais e na pré-escola. E que este professor ajude a transitar com segurança entre os diferentes conteúdos de forma criativa, autoral e colaborativa”, enfatizou o consultor educacional do CPP.

Recentemente, o ministro Camilo Santana acolheu o pedido do Centro do Professorado Paulista para participar das principais discussões sobre as novas políticas educacionais que estão sendo preparadas pelo MEC.

“Precisamos construir uma escola para adolescentes e, para isso, os profissionais da Educação precisam conhecer as complexas características dessa fase do desenvolvimento humano. E organizar um ensino que seja significativo, acolhedor e relevante para todos eles”, complementou Callegari.

O consultor do CPP ainda citou na palestra o exemplo bem-sucedido da rede municipal de São Paulo, onde, como secretário de Educação, implantou ciclos de alfabetização, interdisciplinares e autorais, de 3 anos, cada.