As promessas feitas por candidatos à Prefeitura de São Paulo durante o debate da TV Gazeta, no último domingo, 18, se concentraram principalmente nas áreas de educação e saúde. Embora factíveis, especialistas apontam que várias ainda precisam de mais estudos e detalhamentos antes da implementação.
João Doria (PSDB), por exemplo, prometeu levar tecnologias como tablets, lousas digitais e internet wi-fi às escolas do sistema municipal.
Para Fernando Luiz Abrucio, coordenador do doutorado em Administração Pública da FGV-SP (Fundação Getúlio Vargas), o ideal seria testar as medidas aos poucos.
“Os custos iniciais para fazer isso são altos, então é melhor começar com projetos-pilotos, testar a efetividade e então expandir para mais escolas”, avalia. Além disso, ele afirma que a tecnologia sozinha não garante melhora na educação. “A ideia só tem efeito se implementada com um método pedagógico claro”, diz.
Já a candidata Marta Suplicy (PMDB) afirmou que oferecerá ensino integral para todas as crianças do ensino fundamental da cidade.
Para Abrucio, é difícil fazer essa promessa agora, pois sua viabilidade dependerá de fatores alheios ao controle do futuro prefeito, como a situação econômica do país.
“É possível aumentar a disponibilidade do ensino integral, sim. Mas há uma indeterminação sobre como vai se comportar a economia nos últimos dois anos do mandato”, afirma.