Atualizado em 03 junho, 2024 às 10:59
O departamento de Jurídico e Procuradoria do CPP, representado pela advogada Ana Carolina Soares, protocolizou junto à Seduc (Secretaria da Educação do Estado de São Paulo) nesta terça-feira um ofício solicitando alteração de resolução Seduc sobre uso de plataformas digitais (acesse a íntegra do ofício aqui).
A utilização de diversas plataformas digitais na rede estadual de ensino, imposta pela Seduc, tem causado uma série de problemas aos docentes, principalmente pela falta de capacitação oferecida pela pasta e de estrutura necessária nas escolas.
No ofício, o CPP diz entender “que a utilização das plataformas digitais é um avanço significativo para a melhoria da Educação”. “Contudo, rechaça a imposição sem a devida estrutura e capacitação”, acrescenta o texto.
O CPP, no documento, pede a alteração de um parágrafo da Resolução Seduc 15, de 29 de fevereiro de 2024, “para que seja obrigatória a atribuição de aulas para professores no projeto de Apoio à Tecnologia e Inovação, em cada unidade escolar”.
A entidade também se propôs, em parceria com a Seduc, oferecer cursos de capacitação das plataformas digitais aos docentes.
Acredito na força de vontade de vocês. Mas não acontece está ajuda as vezes.
No máximo duas plataformas matemática e português com propósito de apoio para simulados e exercícios, semelhante aos cursos preparatórios para concursos. Caso contrário vai piorar ainda mais o que está ruim.
O objetivo das plataformas é gerar índices para palanque político. O secretário não tem qualquer comprometimento com a educação.
Que solicitação mais insignificante! Os comentários dos colegas são poucos mas são incisivos. Prestem atenção neles.
Como associada, discordo totalmente do posicionamento do CPP. De forma alguma, estas plataformas estão beneficiando o processo de aprendizagem. Precisamos pedir o fim destas. Os recursos digitais devem ser usados como ferramentas educacionais, não como finalidade. Peço que a entidade ouça os seus associados e reveja o posicionamento.
Infelizmente estamos a mercê de um secretário que quer mostrar resultados a qualquer preço!! Estas plataformas digitais estão deixando os meus alunos cada vez mais confusos e desestimulados .O ideal seria acabar com essa farsa de avanço tecnológico.Aprendizado não é isso .
Perfeito
Essas plataformas está tirando o tempo do professor ensinar ao aluno o que ele ainda não sabe pra seguir em frente. Não adianta um momento de recuperação coletivo,a sala de aula é diferenciada e precisa de intervenção constante,no momento preciso, ensinar requer tempo,e isso não temos mais. A escola não consegue firmar uma boa equipe com a rotatividade de gestores e professores que,saem da sala de aula pra ocupar cargos de gestão sem preparo nenhum. Muito assédio pela SEE , nenhum programa de motivação para professores suportaram o ano letivo,pois ser professor não é mais prazeroso. Implantaram sistema de empresa na escola,professores e alunos tratados como mercadorias. É preciso por um fim nesses mercadores da educação.
Não vejo assim, como Professor atuante na rede estadual, vejo uma sobre carga para os alunos, para os professores que já não tem liberdade de cátedra.
Essa plataforma não ajuda em nada os alunos . E ainda por cima é uma farsa purlando o tal aprendizado do aluno .pois muitos dias aluno na lê as questões responder de qualquer maneira, para terminar logo para jogo nos aparelhos.
E muitas das vezes as respostas estão errada e mesmo assim o sistema passa o aluno .
E uma vergonha como está a educação de São Paulo e literalmente a fábrica de fazer burros .
Não sou contra a tecnologia, mas do jeito que está aplicada em São Paulo é desfavorável. Tudo no excesso atrapalha e os alunos perdem o gosto para aprender. Eles desvalorizam os professores e tiram oportunidades de emprego para os mesmos. Que os alunos tirem notas baixas nas provas do governo e que tenham conteúdo fraco e percam o interesse cada vez mais pelas plataformas que enriquecem o governo e são responsáveis pelos desvios de verbas que eram da educação. Que secretário da educação ótimo que está matando a educação de São Paulo. Viva o Feder que é o maior vendedor dos seus produtos digitais.
Sou Professora de Orientação de Estudos, da Rede Estadual SP, responsável por incentivar os alunos a efetuar suas Tarefas SP no Centro de Mídias. Posso afirmar, com testemunho, que esta Plataforma é ineficaz. Os estudantes fazem o Tarefas SP sem prestar atenção, batendo papo com os colegas e não há nada que os faça mudar de atitude, nem conscientização ajuda. Falta respeito.
Na verdade estamos executando o plano dessa Secretaria da Educação, alimentando uma plataforma para o secretário lucrar com os acessos! Não entendendo o que se deve ou não deve fazer, sem nenhum preparo para acessar essas plataformas digitais, sem contar com a falta de estrutura das escolas. Lamentável!
Mais do que capacitação para uso dessas plataformas , precisamos ser valorizados quanto aos SALÁRIOS, pois nosso trabalho docente triplicou no atual momento.. Não dá para ENSINAR sem APRENDER.
Cargos atrelados a utilização de plataformas, índices mentirosos, conflito de interesse no mínimo, Estado mínimo, desperdício de recursos públicos, assédio moral, falta de estrutura, inclusão é uma falácia e desvalorização completa dos professores. Cade Ministério público.
Escrever à mão pode parecer uma atividade de um passado distante para uma sociedade cada vez mais acostumada a organizar tarefas, fazer anotações e redigir textos em dispositivos digitais. Mesmo para gerações mais novas, computadores são gradativamente mais frequentes em salas de aula devido à rapidez dos teclados e à praticidade de concentrar um mundo de informações num único lugar. No entanto, um novo estudo mostra que substituir a caneta completamente pelas teclas pode não ser uma boa ideia.
Cientistas do Laboratório de Neurociência do Desenvolvimento da Universidade de Ciência e Tecnologia da Noruega (NTNU) avaliaram 36 estudantes universitários com um eletroencefalograma (EEG) – exame que analisa a atividade elétrica cerebral, captada por meio de eletrodos colocados sobre o couro cabeludo. Eles foram acompanhados enquanto escreviam à mão e por meio da digitação.
As ferramentas digitais devem ser vistas como ferramentas para a melhor condução do processo de ensino e aprendizagem. Mas quem deve se apropriar como melhor lhe convier, são os professores, fazendo uso da sua “liberdade de cátedra”. Impor as ferramentas, ranquear escolas por isso, fiscalizar docentes e alunos e obrigar o uso dessas ferramentas, no mínimo questionáveis para a efetivação do processo ensino-aprendizagem, é um absurdo! Olho com “bons olhos” qualquer iniciativa com vistas a ajudar o professor e os alunos. Mas a imposição jamais deveria acontecer. Ainda mais quando se sabe que as ferramentas ainda não são seguramente eficientes para ensinar. Já presenciei tarefas com o gabarito indicando a resposta certa como errada; soube de erros conceituais e históricos propagados nesses slides. Além de garantir, com total certeza, como professora de língua portuguesa que sou, que o trabalho minucioso necessário para corrigir uma redação só é possível com folha de papel, caneta e conversa com cada aluno em suas especificidades e necessidades. Qualquer outra forma e, ainda mais às pressas, como tem cobrado a Seduc, atrapalha, pois os alunos ficam com um feedback, muitas vezes equivocado, publicado pela inteligência artificial. E não adianta dizer que a IA precisa da anuência do professor, porque, cobrado do jeito que está sendo, ele só tem tempo de “clicar”, mais nada. Por essa razão, qualquer implementação precisar ser com diálogo e atenta a ouvir os professores de verdade. Não por meio de enquetes depois da imposição.
Tecnologia e “Aprovação”?
Não seria Tecnologia e Inovação?
Essa Plataforma BI que rege com o “chicote”, não se importa com Atividades Adaptadas e especificidades que cada turno Escolar possui.
Cadê a busca de uma equidade na Educação, respeitando as suas singularidades?
Quando dizem “atingir a meta” querem “dobrar a meta”.. já ouvimos isso em algum lugar..rsrs..nem sabem o que cobrar e como cobrar!
Quando vão entender que Educação não são somente “índices”, na verdade não querem enxergar e saber da realidade de casa Comunidade Escolar!
Professores, gestão e alunos estão “amordaçados” nessa hora e impedidos de opinar.
Cadê a democracia nessa hora?
Corrigido, Fernando. Obrigado pela observação.
A plataforma poderia ser uma ferramenta e não uma finalidade, no momento é principal meio de aprendizagem. Porém, os slides tem conceitos confusos, poucos exercícios; o pior, elaborado por quem não conhece a dinâmica de sala de aula.
O aluno realmente responde de qualquer jeito; somos cobrados de fôrma extenuante e exaustiva. Aumentou demais o trabalho do professor – salário que não condiz com o muito mais que trabalhamos. E os alunos não vêem sentido nessa enxurrada de plataformas!
A prova Paulista não serve para medir conhecimento uma vez que o aluno responde sem ler! É muito grave a situação atual!
“No ofício, o CPP diz entender ‘que a utilização das plataformas digitais é um avanço significativo para a melhoria da Educação’.” Como assim CPP? Os resultados do Saresp acabaram de provar que essas plataformas são um retrocesso. Vocês deveriam lutar pela retirada dessas plataformas e pelo fortalecimento da autonomia docente.
Bom dia,
Achei MARAVILHOSO o que essa Advogada fez (Caroline), porque a mesma fala exatamente o que acontece e eu sou prova disso!
Meus parabéns, Caroline!!!!
Novamente quero dar os parabéns a essa Advogada (Ana Carolina Soares), porque sei também que melhor seria voltar ao que era antes, uma vez que “as medidas foram adotadas durante a pandemia”. Perguntei aos meus alunos: o que se repõe com mais facilidade? Um celular ou um livro?
O motivo do gasto na época foi realmente a pandemia e , tenho certeza, que a volta da lousa, giz, livros, caderno do aluno, dicionários, enfim, faz a aprendizagem melhor !