Coletiva de imprensa/Reprodução

As aulas presenciais no estado de São Paulo serão retomadas por fases. No primeiro momento, 20% dos estudantes retornarão às escolas; depois, 50%; e, por fim, 100% deles. A estratégia, que vale para as redes pública e privada, foi divulgada nesta sexta-feira (5), pelo secretário executivo de Educação, Haroldo Rocha. Ainda não há data para início das atividades. Inicialmente, a Secretaria da Educação (Seduc) falava em julho; posteriormente, circulou informação de que seria em agosto. A pasta, porém, só deve confirmar o período na próxima semana.

Em coletiva de imprensa com o governador João Doria (PSDB), Rocha ressaltou que as aulas presenciais só serão retomadas com aval da Secretaria de Saúde e de acordo com o Plano São Paulo (documento que norteia o retorno de atividades econômicas no estado de SP, divulgado durante anúncio de flexibilização da quarentena). Para isso, a evolução da pandemia será avaliada regularmente. O planejamento completo das escolas pode ser divulgado na próxima sexta-feira (12).

“Nós estamos, juntamente com as redes e com a Secretaria de Saúde, detalhando os protocolos. A educação é uma atividade que é gente com gente, professor com estudantes. É um desafio muito grande. Imagine crianças terem que cumprir protocolo. Então, tudo isso está sendo minuciosamente trabalhado para que possamos voltar com segurança”, disse o secretário executivo. Além de protocolos de higiene nas unidades escolares, ele adiantou que haverá ensino híbrido, isto é, aulas presenciais e a distância, o que vai permitir que apenas parte dos estudantes compareça às escolas, nas faixas de 20%, 50% e 100%.

O segundo bimestre começa na segunda-feira (8). Segundo Rocha, a Seduc fez aprimoramento com professores na última semana, a fim de aproximar os profissionais cada vez mais das tecnologias utilizadas na rede neste momento, como o Centro de Mídias (CMSP). Ele afirmou que a plataforma será de uso permanente. O secretário também comentou a iniciativa digital para facilitar matrícula de estudantes que queiram migrar da escola privada para a pública. Todo o procedimento pode ser feito online, com envio de documentos e geração de código de acesso ao CMSP.

De acordo com a pasta, o número de alunos transferidos da rede particular para a rede pública estadual de SP cresceu mais de dez vezes. Foram 2.388 transferências neste, contra 219 no ano passado. O motivo é a crise econômica vivida pelos pais de estudantes, com perda de emprego ou diminuição de renda, reflexo da pandemia.

O secretário de Educação, Rossieli Soares, está afastado porque foi testado positivo para o coronavírus. Ele está internado no Hospital 9 de Julho, em quadro estável de saúde. A expectativa é de que ele participe da coletiva na semana que vem, anunciando detalhadamente o plano de retomada das aulas presenciais.

Atualmente, o estado de SP contabiliza 129.200 infectados por Covid-19 e 8.561 óbitos.