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Já são 136 óbitos pelo novo coronavírus, 23 a mais do que o registrado em 29 de março; São Paulo lidera em número de casos

 

São Paulo segue como o estado mais afetado, até o momento, pela pandemia de coronavírus. Ao menos 136 pessoas morreram em consequência da doença, segundo o governo paulista, gestão João Doria (PSDB). Somente nesta terça-feira (31), foram registradas 23 novas mortes, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde. Segundo a pasta, é o maior aumento em números absolutos já registrado, com cerca de uma confirmação por hora, nas últimas 24 horas.

 

Ao todo, 13 cidades paulistas já registraram mortes: Campinas, São Caetano, Santo André, Caieiras, Vargem Grande Paulista, São Bernardo do Campo, Guarulhos, Taboão da Serra, Embu das Artes, Sorocaba, Osasco, e Ribeirão Preto, além da capital. Dos 23 novos mortos, 13 são mulheres e 10 homens. Entre as vítimas femininas, duas eram adultas de 42 e 54 anos, com comorbidades que, assim como os idosos, representam grupo mais vulnerável a complicações da Covid-19, segundo nota divulgada pela secretaria.

 

As outras onze mulheres tinham idades entre 69 e 86 anos. No grupo masculino, estão inclusos um homem de 43 anos com comorbidades e outros dez com idades entre 66 e 90 anos. O estado de São Paulo também registra 2.339 casos confirmados. No Brasil são 5.717 casos e 201 mortes pela doença,  com aumento de 42 óbitos em relação à última contagem. A taxa de mortalidade continua em 3,5%, de acordo com informações do Ministério da Saúde.

 

Registros mostram que mesmo jovens saudáveis podem morrer

No Brasil e em outros países já há registros de pessoas que morreram em consequência da infecção pelo novo coronavírus, mesmo sem fazerem parte dos grupos com maior probabilidade de apresentarem quadro grave de Covid-19, a saber, idosos e portadores de doenças crônicas, autoimunes e transplantados.

 

Foi o caso de um advogado de 26 anos, sem histórico de doenças e praticante de corridas, que morreu no último sábado (28) em São Paulo. No mesmo dia, nos EUA, um bebê morreu por coronavírus. No país, uma análise feita pelo Centro de Controle de Doenças no período de 12 de fevereiro a 16 de março mostrou que 38% das pessoas internadas tinham menos de 55 anos.

 

Glória Selegatto, infectologista da comissão de controle de infecção hospitalar do Hospital Sírio-Libanês, afirma que ainda não há detalhes sobre o histórico dos mais jovens que morreram com a doença. “Não há detalhamento sobre se os mortos mais jovens tinham alguma comorbidade ou não. Existem relatos na Itália e na China de pacientes sem nenhuma doença de base que tiveram quadro grave, mas a gente não sabe exatamente a representatividade dessa população nos óbitos”, afirma.

 

Isolamento

Para conter o avanço da pandemia, o Ministério da Saúde orienta que a população continue em isolamento social, diminuindo assim o ritmo de contágio do vírus e evitando que o sistema de saúde se sobrecarregue. Conforme dados do jornal O Estado de São Paulo, o número de internações por síndrome de internações respiratória aguda grave (SRAG) já aumentou 445%, em relação ao mesmo período do ano anterior. Foram 5.787 internações no País por SRAG entre os dias 15 e 21 de março. A medida de isolamento vai na mesma direção do que o recomendado por especialistas e pela Organização Mundial e pela Organização Pan-Americana da Saúde.

 

Fonte: Agora São Paulo / Folha de São Paulo  / O Estado de São Paulo e Ministério da Saúde