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Na celebração dos 30 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente, estudantes utilizam o audiovisual para criar conteúdos sobre o tema

Um projeto que reúne alunos para falar e criar conteúdos sobre a defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes. Essa é a intenção do “Compartilhaí”, iniciativa dos estudantes do Marista Escola Social Ecológica, que atende gratuitamente crianças e adolescentes em Almirante Tamandaré, no Paraná. Os alunos produziram vídeos sobre o aumento da violência e do trabalho infantil neste momento de isolamento social. O vídeo intitulado “Preciso da sua ajuda” já alcançou teve mais de 140 mil visualizações no YouTube.

Neste dia 13 de julho, o Brasil celebra os 30 anos do Estatuto da criança e do adolescente (ECA), e conscientizar continua sendo uma palavra importante. “Projetos como esse contribuem para que os jovens tenham acesso a informações necessárias e para alertar a sociedade, ações de conscientização podem ajudar no enfrentamento de todo tipo de violação de direitos”, revela Raimunda Caldas Barbosa, especialista em Serviço Social do Marista Escolas Sociais.

ISOLAMENTO SOCIAL E A VIOLAÇÃO DOS DIREITOS

O projeto “Compartilhaí”, já disponibilizou os vídeos de enfrentamento da violência infantil, direito ao brincar e trabalho infantil, todos disponíveis no Youtube. Os estudantes também estão preparando um especial sobre os 30 anos do ECA, que inclui vídeos sobre racismo, padrões de beleza e os impactos do isolamento na vida dos jovens. Os temas são escolhidos pelos próprios adolescentes nas atividades online da disciplina de direitos humanos. “A condição de distanciamento social tem agravado a situação de vulnerabilidade de crianças e adolescentes que, por muitas vezes, não contam como uma pessoa de confiança para expor a situação que enfrentam. O audiovisual nos ajuda a contar essas histórias”, diz a diretora do Marista Escola Social Ecológica, Gillys da Silva.

PREMIADOS

O projeto que tem apoio da Fundação Banco do Brasil já recebeu o Prêmio Neide Castanhas na categoria “Protagonismo de Crianças e Adolescentes”, no dia 18 de maio. A premiação, que está em sua décima edição, tem como objetivo homenagear personalidades e instituições que, assim como Neide Castanha, se destacaram na defesa dos direitos humanos de crianças e adolescentes em todo o país.

Alana de Assis, de 15 anos, é uma das integrantes do grupo. Ela acredita que o projeto promove a conscientização em todas as idades. “Quando falamos de uma maneira direta, por meio de vídeos e encontros, podemos passar para todos a mensagem de que nós temos direitos que devem ser preservados, eu me senti como porta-voz de muitas crianças e adolescentes que não podem ser ouvidos, revela.

O aluno Adriano Valdecir Pires Junior, de 15 anos, também faz parte do projeto. Ele acredita que quanto maior o conhecimento dos adolescentes, maior é a chance de propagação. “Temos a oportunidade de mudar os números e de melhorar o dia a dia de quem tem seus direitos violados”, revela.

O vídeo Preciso da sua ajuda está disponível na página do Facebook e canal do YouTube.