Os professores responsáveis pela educação indígena receberão formação específica para alfabetização em português e línguas indígenas. As aulas serão para os que dão aulas nas séries iniciais da educação básica, com carga horária anual de 180 horas, em aulas presenciais, e cada professor receberá bolsa mensal de R$ 200. 

 

A ação faz parte do Programa Nacional dos Territórios Etnoeducacionais Indígenas, criado pelo governo federal em outubro. O Ministério da Educação (MEC) publicou a portaria da iniciativa no Diário Oficial da União.

 

O curso tem foco no letramento para ensinar a ler e escrever. Os educadores terão cursos de letramento e aprendizado de competências de matemática em idiomas indígenas e em português, como primeira e segunda línguas, além de artes verbais da cultura indígena. 

 

A proposta envolve instituições de ensino superior, que serão as responsáveis pela formação. Os coordenadores e formadores devem ter experiência no ensino indígena e receberão bolsas de até R$ 1,4 mil.

 

O material pedagógico e didático também está incluso. Entre os objetivos do programa está oferecer subsídios à elaboração de currículos, definição de metodologias e processos de avaliação que atendam às especificidades dos processos de letramento, conhecimentos de matemática e dos povos indígenas. 

 

Inicialmente, a ação contará com participação de 17 estados e 23 instituições de ensino superior. Serão contemplados 87 povos e 1.280 aldeias, trabalhando 57 línguas indígenas.  De acordo com o MEC, a ampliação da Saberes Indígenas será conforme a demanda e a adesão das instituições formadoras, dos povos indígenas e das secretarias de Educação. 

 

SECOM/CPP