Ambiente virtual Alesp/Reprodução

Comissão de Educação e Cultura da Alesp fez reunião virtual com o secretário da Educação nesta terça-feira (14)

 
O deputado Carlos Giannazi (PSOL) cobrou do secretário da Educação de SP, Rossieli Soares, diálogo com as entidades do magistério paulista. A manifestação, que mencionou o CPP diretamente, foi feita em reunião virtual da Assembleia Legislativa (Alesp), realizada nesta terça-feira (14) pela Comissão de Educação e Cultura.

“Faço um apelo para que o secretário converse com as entidades representativas dos professores. Apeoesp, Udemo, Apase, Afuse, CPP, enfim, com todas as entidades para formular uma proposta, que tem que ser construída em conjunto com os profissionais da Educação, e não por burocratas e tecnocratas da Secretaria”, pontuou.

A fala do parlamentar veio depois de uma apresentação de Soares acerca de realizações da Secretaria da Educação (Seduc) no período da pandemia de Covid-19, o que inclui o chamado Plano de Retomada das aulas presenciais, até então previstas para 8 de setembro. 

Giannazi lembrou de problemas enfrentados pelo magistério atualmente, como milhares de professores eventuais e temporários esquecidos pela Seduc, que ficaram sem nenhum tipo de renda em tempos de quarentena. “Quero saber o que a Secretaria está fazendo para socorrer e ajudar esses professores”, questionou, reforçando depois o papel das entidades representativas e a necessidade de o governo dialogar com a classe.

Segundo ele, os professores mencionados no questionamento não tiveram acesso ao Auxílio Emergencial do governo federal, por causa de um veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), uma vez que são considerados servidores públicos. Dessa forma, não receberam apoio nem da União, tampouco do Estado de SP.

Outras questões foram apontadas ao secretário, como obstáculos do ensino remoto. “Conversamos diariamente com professores, diretores e supervisores de escola. Há um abismo entre a apresentação da Secretaria e a realidade. Falta acesso a tecnologias, de internet banda larga, tanto de alunos como de professores”, destacou.

As dificuldades enfrentadas pelos servidores da Educação foram enfatizadas também pela presidente da Comissão de Educação e Cultura na Alesp, deputada Professora Bebel (PT), que concluiu pedindo mais diálogo com as entidades do magistério. 

A reunião foi convocada para prestação de contas do andamento da gestão à frente da Seduc, bem como sobre a demonstração e avaliação do desenvolvimento de ações, programas e metas afetos àquela Secretaria de Estado, nos termos do artigo 52-A da Constituição do Estado de São Paulo.

O CPP sempre cobrou diálogo com a Secretaria da Educação e, portanto, reconhece como extremamente positiva a iniciativa dos deputados de interpelar o secretário a respeito.